Integrantes das agências de sanidade agropecuária de todos os Estados do País reuniram-se ontem, em Brasília, com o Sindicato Nacional da Indústria e Produtos para a Saúde Animal (Sindam) para analisar a distribuição e a demanda das vacinas contra a febre aftosa.
Participaram do encontro representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que vão buscar soluções para enfrentar o déficit previsto de 40 milhões de doses de vacinas. A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa começou este mês. Prevendo a falta da vacinas, o governo prorrogou a campanha por mais um mês, e a primeira etapa da imunização vai até o dia 30 de junho, até quando deverão ser imunizados 119 milhões de bovinos. A segunda etapa da campanha nacional contra a febre aftosa ocorre em novembro.
Os laboratórios brasileiros descartam a necessidade de importação das vacinas e prometem suprir a demanda até o dia 15 de junho.
Dezessete milhões de doses da vacina contra febre aftosa foram reprovadas nos testes de qualidade exigidos pelo Mapa. O índice de reprovação, que costuma ser da ordem de 5%, desta vez chegou a 18%. No Estado de Mato Grosso do Sul, por exemplo, que tem o maior rebanho bovino do país com mais de 21 milhões de cabeças, o estoque atual cobre apenas a metade dos animais que devem ser vacinados.
A falta de doses da vacina no país acontece às vésperas da reunião da Organização Internacional de Epizootias na França, que no final deste mês pode garantir ao Brasil a certificação de novas áreas livres de aftosa com vacinação. O Brasil pleiteia o título para antigas áreas tampões da Bahia, Tocantins e Mato Grosso. O governo também estuda a viabilidade de pedir a certificação da área livre de aftosa sem vacinação para o Estado de Santa Catarina.
Fonte: Clic RBS/Agrol, adaptado por Equipe BeefPoint