O BeefPoint perguntou a seus leitores quais seriam os critérios para a inclusão de matrizes em projetos de TE e FIV.
As repostas dos leitores caminham em um mesmo sentido. Inclusão de fêmeas de genética comprovadamente superior, e utilização de ferramentas que possam mensurar o potencial do animal. Testes de progênie são senso comum, assim como a idéia de que fêmeas muito novas não devem ser utilizadas nesses programas.
Os números de transferências via TE ou FIV vem aumentando vertiginosamente, estima-se que anualmente são produzidos mais de 200 mil embriões através de FIV e TE no Brasil.
Carlos Arthur Ortenblad, titular da Fazenda Água Milagrosa, com sede em Tabapuã, SP, considera como sendo “o óbvio” a utilização do “currículo da matriz”. “Sem se averiguar a produção de uma matriz com produtos de no mínimo 18 meses de idade, creio ser temerário colocá-la no mercado como doadora”, pondera Ortenblad. Fernando Furtado Velloso, Médico Veterinário e Diretor Técnico da Associação Brasileira de Angus, recomenda a não utilização de novilhas “Não há informação de sua performance reprodutiva e de seus produtos”, avalia.
Velloso coloca ainda outros pontos a serem observados, como: utilização de vacas provadas e aprovadas em programas de melhoramento genético, vacas com histórico reprodutivas superior à média do rebanho e vacas com produtos (bezerros) superiores à média do rebanho.
Gino Antonio Cesaro, da Fazenda Santa Isabel, situada em Itararé, SP, argumenta que a matriz deve preencher critérios de seleção adotados pelo criador, e demonstrar, através, da sua progênie, sua capacidade de transmitir as qualidades esperadas dela. Cintia Righetti Marcondes, pesquisadora, mostra outra situação em que a FIV se faz necessária: “Deve-se utilizar a FIV para gerar produtos de matrizes espetaculares, em relação à produtividade ao longo da vida útil, que morreram por acidente”, exemplifica.
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Fonte:Equipe Beefpoint