Confira as opiniões dos 144 participantes da enquete do BeefPoint, finalizada em 15 de maio, sobre quais devem ser as prioridades do novo ministro da agricultura para a cadeia da carne.
Foi encerrada na última terça-feira, 15/05, a enquete do BeefPoint a respeito de quais devem ser as prioridades do novo ministro da agricultura para a cadeia da carne.
Foram 144 participações dos usuários, que manifestaram suas opiniões sobre o assunto. Segundo 40,28% dos participantes da enquete “maior e melhor investimento em sanidade” é o ponto que deve receber maior atenção do ministro, Reinhold Stephanes.
Para os 58 leitores que se manifestaram a favor de maiores investimentos em sanidade, esse assunto é de suma importância para o crescimento da atividade pecuária no país e das exportações de carne brasileira.
Martinho Mello de Oliveira, de Paranaíba/MS, acredita que “o governo federal por meio do Ministério da Agricultura, não pode, de forma alguma, permitir que problemas sanitários, como a aftosa, voltem a assolar o país, pois seria uma tragédia em termos econômicos, sociais e políticos, em que todos perdem”.
“O que é “urgente” mesmo é investir em sanidade, para que não usem a barreira sanitária como “desculpa” na importação de nosso produto” é a opinião de Osvaldo Del Grossi, de Paranvaí/PR, para Alcides Viana, de Barreiras/BA “sem saúde o rebanho brasileiro não irá a lugar nenhum”. Seguindo o mesmo pensamento, Maria Alice Schirmer da Costa, comenta que investimentos em sanidade são essenciais para “conquistar e manter novos mercados, defendendo o produtor nacional”.
Letícia Almeida Retumba Carneiro Monteiro, de Campo Grande/MS, ressaltou que os investimentos realizados devem ser muito bem planejados e discutidos, para ela, “o investimento em sanidade envolve, também, investimento em laboratórios, instrumentos de avaliação e acompanhamento para melhorarmos o status do rebanho”.
Rastreabilidade
Entendendo que a rastreabilidade é essencial para a cadeia da carne, 23 participantes responderam a enquete sugerindo que o ministro da agricultura deve dar mais importância ao aperfeiçoamento do Sisbov.
Silvio de Melo e Souza entende que desde o Mapa não fez um bom trabalho na rastreabilidade, “e isso pode excluir o Brasil da lista de exportadores de carne para a União Européia”.
“Entendo ser crucial para a bovinocultura de corte brasileira a evolução do Sisbov para níveis aceitáveis e de fácil aplicabilidade”, foi o comentário de Adailton José Cabral de Brasília/DF a respeito do aperfeiçoamento do Sisbov, para Greigiano J. Alves “o Sisbov precisa ser melhorado, senão terá que ser cancelado”.
Roberto Trigo Pires de Mesquita, ressaltou que transformando o Sisbov em um sistema eficaz de certificação de origem, sanidade, qualidade e segurança alimentar da carne, inclusive para o mercado interno, todas as demais ações podem ser naturalmente potencializadas pelo Mapa.
Boas práticas de produção
Incentivo ao uso de boas práticas de produção agropecuária foi a terceira opção mais assinalada com 13,19% do votos. Para Luciano Almeida Goulart, “antes de qualquer aperfeiçoamento do Sisbov devemos garantir nosso produto a fim de evitarmos surpresas desagradáveis depois de o programa implantado”.
Lucia Castagnino frisou que há algumas regiões do nosso país em que existem criadores totalmente desinformados quanto aos cuidados sanitários e zootécnicos, para ela “o governo deve colocar a disposição e fiscalizar a aplicação das boas práticas em toda a cadeia produtiva, e os bons reflexos aparecerão”.
Para Adalberto Rossigalli, de Boituva/SP, o investimento em boas práticas de produção é essencial, “no futuro bem próximo, só irá exportar quem tiver produção rastreada e com garantia de qualidade” ressalta.
Acesso a crédito e programas de capacitação
As opções “maior acesso ao crédito rural” e “investimento em programas de capacitação e extensão rural”, tiveram, respectivamente, 11,11% e 11,81% dos votos.
Na opinião de Antonio Carlos Leister de Castro, maior acesso ao crédito deve ser a prioridade, pois “a criação bovina é o único segmento que sofre uma série de restrições ao crédito”. Já Andrea Rodrigues Caselli acredita que seja mais importante ensinar aos produtores como produzir mais eficientemente do que apenas aumentar o crédito financiado ou mesmo o maior acesso de crédito por esses produtores, pois apenas com capital, mas sem técnicas eficientes, os agropecuaristas não conseguirão se manter na atividade.
Também a respeito de maiores investimentos em programas de capacitação e extensão rural, Gianpiero L. Coda, de Dourados/MS afirma que “através da capacitação profissional do homem do campo seremos capazes de atacar a raiz do problema das baixas taxas de produtividade no campo. Pois somente fechando as torneiras do desperdício de materiais, erradicando as perdas estratosféricas nas áreas da sanidade, nutrição e manejo do rebanho poderemos começar a pensar em colocar os nossos produtos nas gôndolas dos supermercados europeus e norte-americanos”.
Unificar Mapa e MDA e outros
Unificar os Ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário é na opinião de Louis Pascal de Geer o assunto que deve receber maior atenção por parte do ministro Reinhold Stephanes.
“O governo deve rever sua política no setor agropecuário como um todo, sem lucro não há como investir. Os produtores estão descapitalizados e marginalizados, principalmente os pequenos e médios muitos estão abandonando a pecuária ou deixando de investir para não quebrar. O governo não abre mão da parte dele e nós pagamos a conta” é a opinião de Marcelo Gouveia Guimarães de Ituiutaba/MG.
De acordo com Paulo Renato de Oliveira Barbosa, “além dos itens acima precisamos de uma política definida de preço mínimo, com a intenção de garantir nossos investimentos no campo para não sermos penalizados por nossa própria competência”.
É importante salientar que a enquete BeefPoint não tem o objetivo de quantificar opiniões com rigor estatístico, apenas mostra a opinião dos leitores sobre determinado assunto.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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Vejo que o aspecto rastreabilidade não muda em nada a qualidade da carne brasileira, não adianta dizer onde, quando e de quem veio o produto adianta sim pagar mais por um produto de melhor qualidade de carcaça com bons níveis de gordura, alta grau de marmorização da carne e outros mais, os frigoríficos pagarem mais por um couro sem defeito, com marcas em locais que não atrapalham a qualidade do couro e sem marcas de bernes e carrapatos. Chega de maquiagem e vamos ser práticos isso é mentalidade de idiota ficar dando importancia para mais um detalhe burocrático sem retorno nenhum para o segmento, o que interessa é o que está no interior do boi. Isso só interessa para meia dúzia, fabricantes de brinco, firmas de rastreabilidades e alguns técnicos. Chega, até quando país pobre tem que engolir tanta idiotice. Conclusão vamos mais uma vez cair no lobie de pequenos grupos.