A Associação de Ciências Veterinárias do Paraguai divulgou nota de protesto contra a decisão do governo brasileiro de fechar a fronteira para a entrada de carne e produtos paraguaios de origem animal. “A decisão de proibir entrou em vigência diante de uma suspeita não comprovada de existência de focos de febre aftosa em nosso território”, diz a nota publicada na edição de sábado (26) do jornal ABC Color, de Assunção.
A entidade acusa o veterinário da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal (Iagro), Vanderlei Folini, que trabalha na região de Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul, de entrar no Paraguai de maneira irregular e coletar amostras de sangue de animais. A nota de protesto é encerrada solicitando a intervenção das autoridades de defesa dos interesses nacionais nas instâncias diplomáticas. “Para evitar, no futuro, que ações dessa natureza prejudiquem a tradição de amizade existente entre as repúblicas do Paraguai e do Brasil”, adverte.
O diretor geral da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Alexandre Krabbe, disse que o veterinário Vanderlei Folini não burlou a soberania paraguaia ao coletar amostrar de sangue para exame na fazenda San Francisco. “Ele realmente entrou no Paraguai, mas estava junto com veterinários do Serviço Nacional de Saúde Animal do Paraguai (Senacsa). Ele foi lá apoiado por um acordo bilateral sustentado pelo Centro Panamericano”, declarou.
Fonte: Campo Grande News (por Paulo Nonato de Souza), adaptado por Equipe BeefPoint