A erradicação da febre aftosa do território brasileiro é encarada por toda cadeia da pecuária como prioridade no que se refere à abertura de novos mercados, sobretudo da Ásia e Estados Unidos. Apesar de o Brasil ter aberto novos mercados no Oriente Médio, Europa e África, os importadores que não compram de países que ainda têm febre aftosa chegam a pagar 50% a mais do valor praticado no mercado internacional.
O último caso registrado de febre aftosa foi no Maranhão, em 17 de agosto de 2001, o que significa que o País já completou 14 meses sem um novo caso da doença. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 85% do rebanho bovino brasileiro estão imunes da doença. Além disso, 51% do território nacional são considerados área livre com vacinação. Nos últimos dez anos, o número de casos caiu de 1.232 para 37 no ano passado.
“Vamos sentir um impacto positivo quando o Brasil deixar de vacinar o rebanho, o que será difícil considerando que nossos vizinhos (Bolívia e Paraguai) escondem os focos que aparecem”, diz o diretor da FNP Consultoria, Vicente Ferraz. Segundo ele, os países da Ásia, em especial o Japão, são mercados que ainda têm potencial para aumentar o consumo per capita.
Segundo o presidente do conselho do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) e diretor da Merial Saúde Animal, Emílio Salani, os laboratórios produtores da vacina têm buscado ampliar os investimentos para aumentar a qualidade das doses consumidas. “Estamos produzindo as vacinas no volume e com a qualidade exigida pelo ministério”, diz Salani.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Alexandre Inacio), adaptado por Equipe BeefPoint