A indústria frigorífica do Uruguai está muito preocupada pela falta de gado pronto para abate porque não está cobrindo seus custos e está baixando a oferta de carnes uruguaias no mundo. O diretor executivo da Câmara da Indústria Frigorífica (CIF) do Uruguai, Daniel Belerati, disse ao El País que "o mercado internacional está com uma demanda de carne muito firme, mas os frigoríficos locais não estão podendo aproveitá-la porque é muito pouca a oferta de gado pronto para processar".
A indústria frigorífica do Uruguai está muito preocupada pela falta de gado pronto para abate porque não está cobrindo seus custos e está baixando a oferta de carnes uruguaias no mundo.
O diretor executivo da Câmara da Indústria Frigorífica (CIF) do Uruguai, Daniel Belerati, disse ao El País que “o mercado internacional está com uma demanda de carne muito firme, mas os frigoríficos locais não estão podendo aproveitá-la porque é muito pouca a oferta de gado pronto para processar”.
A maioria das empresas está abatendo duas vezes por semana e “não estão cobrindo os custos fixos, nem os variáveis”, comenta Belerati. O que mais preocupa os empresários do setor é que o Uruguai reduziu a oferta de carne no mercado mundial.
O mercado que as empresas uruguaias não aproveitam, é aproveitado por seus competidores: Brasil e Argentina. No entanto, são basicamente as empresas brasileiras que provocam a maior competição, porque oferecem volumes altos e preços mais baixos.
As exportações de carne do país mostraram uma leve queda até agora como conseqüência das duras condições de inverno sobre as pastagens, que limitou a oferta. Segundo dados estatísticos do Instituto Nacional de Carnes (INAC), no acumulado do ano, até 15 de setembro, as exportações de carne bovina caíram em 16% em volume e 13% em valor. Os abates de bovinos caíram 11%.
Canadá, Estados Unidos e México continuam sendo os principais mercados para os cortes bovinos uruguaios, com 63,6% do total, seguidos por União Européia (UE), com 12,2%; Mercosul, com 6,5%; e Rússia, com 3,4%.