A escassez da tuberculina, substância utilizada no diagnóstico de tuberculose bovina, tem causado apreensão no setor de defesa sanitária. Uma das alternativas para a continuidade dos testes é a adoção de importações emergenciais, o que vem sendo discutido pelo segmento junto ao Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nesta modalidade, as aquisições para situações ligadas à exportação foram liberadas. As demais estão em estudo.
O cenário preocupa tanto pelo combate à enfermidade quanto pela proximidade da Expointer, já que os animais devem obrigatoriamente apresentar exame negativo para a doença para participar da exposição, que começa daqui a um mês. O problema no abastecimento deve-se a uma demanda superior à oferta no país, segundo o superintendente do Mapa/RS, Bernardo Todeschini. Além disso, a produção da substância no país não teve nenhum incremento.
Há apenas um laboratório produzindo o material, o Instituto Biológico de São Paulo, que prioriza o atendimento daquele estado. A expectativa é de que uma nova empresa, de origem argentina, comece a operar no país em setembro.
“Isso deve começar a colocar tuberculina no mercado a partir de janeiro”, aponta Todeschini. Com relação às importações emergenciais, o superintendente ressalta ser necessário que empresas com a intenção de executar a operação procurem o Mapa para manifestar interesse.
O diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria Estadual da Agricultura, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, destacou a necessidade de que o assunto seja solucionado o quanto antes, mas ressaltou que a intenção é trabalhar em conjunto com a Superintendência do Mapa no Rio Grande do Sul.
Fonte: Correio do Povo.