Associar colesterol e câncer com a carne é errôneo, de acordo com a especialista neozelandesa, Fiona Carrunthers, da Junta de carne bovina e ovina da Nova Zelândia. Os estudos que associam o consumo de carne bovina com o câncer "são incongruentes" e "muito pequenos", disse a nutricionista. Nos últimos tempos, as carnes vermelhas e seus efeitos sobre a saúde humana têm recebido um tratamento desfavorável de alguns setores. No entanto, esse assunto está em contínuo debate, particularmente quando se analisa contribuição da carne em uma dieta balanceada e contempla, entre outros, origem, tipo de produtos, seu processamento, preparação e cozimento.
Associar colesterol e câncer com a carne é errôneo, de acordo com a especialista neozelandesa, Fiona Carrunthers, da Junta de carne bovina e ovina da Nova Zelândia, durante a 6ª edição do já tradicional Congresso de Produção, Industrialização e Comercialização da Carne, “Del Campo al Plato”, ocorrido em 22 e 23 de novembro em Montevidéu, no Uruguai.
Os estudos que associam o consumo de carne bovina com o câncer “são incongruentes” e “muito pequenos”, disse a nutricionista. Nos últimos tempos, as carnes vermelhas e seus efeitos sobre a saúde humana têm recebido um tratamento desfavorável de alguns setores. No entanto, esse assunto está em contínuo debate, particularmente quando se analisa contribuição da carne em uma dieta balanceada e contempla, entre outros, origem, tipo de produtos, seu processamento, preparação e cozimento.
A nutricionista neozelandesa desenvolveu vários estudos para a New Zealand Beef and Lamb cujas conclusões apresentou durante o Congresso. “Não há nenhum alimento que por si só provoque câncer. As duas principais causas que tornam uma pessoa propensa à doença são obesidade e a falta de exercício físico”, disse ela, recordando que o Uruguai conta com um dos menores níveis de atividade física da América do Sul e está em segundo no ranking de obesidade.
Para Carruthers, os estudos que indicam associações entre câncer e o consumo de carne não mostram que um seja causa do outro. Ela também disse que associar o consumo de carne com colesterol “é um erro”, porque “o teor de gordura da carne foi se reduzindo através do tempo e somente metade da gordura que esse alimento contém é saturada, que é causadora do colesterol”.
Ela também recordou que a carne bovina uruguaia e a neozelandesa, assim como a brasileira, procedem de animais criados em pastos naturais e “nesse tipo de carne, a gordura fica acumulada no exterior (na carcaça) e isso facilita sua remoção”.
Desmistificando a carne como a principal causadora de colesterol, a nutricionista explicou, no que se refere às cardiopatias, antes se pensava que todas as gorduras de origem animal eram saturadas. No entanto, agora “sabemos que somente metade da gordura animal é saturada e que a quantidade de gordura da carne baixou. Foram feitos vários estudos e se notou que a ingestão de carne bovina e o colesterol não estão associados”.
Para ela, a carne “é um alimento saudável” e que contém muitos nutrientes que são essenciais para o organismo, como aminoácidos, vitaminas e zinco, entre outros.
Os dados são do site do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (www.inac.gub.uy), traduzidos e adaptados pela Equipe BeefPoint.