Os efeitos de muitos anos de liquidação do rebanho bovino dos Estados Unidos e a inevitável redução na produção de carne bovina se tornaram evidentemente óbvias em 2014. O número de bovinos abatidos caiu em 6,3%, levando a uma redução de 5,7% na produção de carne bovina até agora nesse ano. Os preços do gado e da carne bovina alcançaram níveis recordes e a certeza de preços altos em um futuro previsível torna a a expansão do rebanho bovino uma das principais questões na mente da indústria e cada vez mais, dos consumidores.
Os efeitos de muitos anos de liquidação do rebanho bovino dos Estados Unidos e a inevitável redução na produção de carne bovina se tornaram evidentemente óbvias em 2014. O número de bovinos abatidos caiu em 6,3%, levando a uma redução de 5,7% na produção de carne bovina até agora nesse ano. Os preços do gado e da carne bovina alcançaram níveis recordes e a certeza de preços altos em um futuro previsível torna a a expansão do rebanho bovino uma das principais questões na mente da indústria e cada vez mais, dos consumidores. A expansão do rebanho tornará as ofertas escassas de carne bovina ainda mais escassa por dois ou três anos, antes de a produção de carne responder, mas o quanto antes a expansão começar, antes a produção de carne pode crescer para suprir a demanda doméstica e internacional.
Em 1º de janeiro de 2014, o rebanho de novilhas de corte de reposição indicou um aumento de 90.000 cabeças com relação ao ano anterior, 1,7% a mais que 2013. Embora isso indique as intenções dos produtores com relação à retenção de novilhas, não há garantias de que as reposições pretendidas vão realmente entrar no rebanho de vacas. De fato, em 2012 e 2013, o rebanho em 1º de janeiro tinha mais novilhas de reposição, mas as condições desfavoráveis levaram à liquidação do rebanho ao invés da expansão nesses anos. A melhora moderada nas condições de forragem na segunda metade de 2013 levaram a fortes indicações de intenções de expansão do rebanho, incluindo novilhas de reposição adicionais mencionadas acima e 13,5% de redução nos abates de vacas de corte. A maior retenção de novilhas também foi indicada por um ano forte com relação à redução anual nas novilhas em engorda desde outubro passado. Apesar das aparentes intenções de expansão do rebanho no final de 2013, ocorreram liquidações suficientes no começo do ano, resultando em uma redução de 0,9% no rebanho de vacas de corte para o ano.
Até agora nesse ano, as indicações são de que os planos de expansão do rebanho ainda estão progredindo. Os abates de novilhas caíram em 8,1% comparado com o mesmo período do ano anterior, quando os abates de novilhas caíram em 4,2% com relação ao ano anterior. Talvez o mais revelador é que o abate de novilhas nas últimas seis semanas caiu em 10,3% comparado com a redução de 0,5% com relação ao ano anterior no mesmo período do ano passado. A comparação anual dos abates de vacas de corte é ainda mais sugestiva. Os abates de vacas de corte até agora nesse ano caíram em 12,7% comparado com o aumento de 1% no mesmo período de 2013 comparado com 2012. Nas últimas seis semanas, os abates de vacas de corte caíram em 21,9%. Isso contrasta com o mesmo período de abril e maio de 2013, quando os abates de vacas de corte aumentaram em 20,3% com relação ao ano anterior, à medida que a primavera atrasada, a falta de feno e as condições de seca forçaram liquidação adicional do rebanho.
Recentes desenvolvimentos de condições de seca em partes das Planícies do Sul aumentaram as preocupações de que a expansão do rebanho iria novamente ser apropriada. Entretanto, apesar do clima severo do inverno e outro atraso na primavera, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que os estoques de feno dos Estados Unidos em 1º de maio aumentaram em quase 36% com relação ao ano anterior. Os maiores estoques na maioria dos estados indicaram que as operações de bovinos que vieram do inverno estão em melhores condições e com um pouco mais de flexibilidade no manejo que no ano passado. O final de semana do Memorial Day trouxe um padrão significativamente diferente às Planícies do Sul com grande parte das piores áreas secas recebendo várias ondas de chuvas. A chuva continua e ainda não se sabe seu volume total com precisão, mas não há dúvidas de que essa é a chuva mais significativa na região em muitos meses. Embora essa chuva não deva eliminar a seca, ela veio em uma hora muito boa do ponto de vista da forragem e revive as esperanças por uma melhora contínua na região.
Embora as condições ainda sejam tênues, parece que a expansão inicial do rebanho está sendo feita e um crescimento modesto do rebanho é possível em 2014. Os abates totais de novilhas e vacas de corte até agora nesse ano sugerem que os planos de expansão do rebanho em 2014 ainda estão intactos. Os números agregados sugerem que a expansão do rebanho bovino de corte em até 1% poderia ser possível em 2014, mas uma revisão dos estados individuais onde a expansão do rebanho é mais factível indica que o crescimento líquido do rebanho de talvez 1,5% é mais provável. Com relação ao baixo rebanho de vacas de corte de 29 milhões de cabeças, isso adicionaria talvez 200.000 cabeças ao rebanho nesse ano e é um lembrete de que o processo de reconstrução levará vários anos. Se a expansão do rebanho bovino de corte dos Estados Unidos começar em 2014, é provável que leve até 2017, pelo menos, para recuperar a liquidação gerada pela seca desde 2011 e a expansão além desse nível poderia levar o restante da década.
Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.