Os estados da região Norte e Centro-Oeste do Brasil que fazem fronteira com a Bolívia, serão chamados para auxiliar na estratégia de vacinação contra a febre aftosa naquele país que detém um rebanho bovino de 10 milhões de cabeças. Isso ocorrerá provavelmente a partir de novembro, quando se faz a última fase da vacina no plantel de 50 milhões de cabeças de gado dos estados de Rondônia, Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A opção de ajuda à Bolívia foi transmitida ontem pelo diretor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) Antenor Nogueira, ao presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), Irineu Barbieri. Segundo ele, o ministro da Agricultura Pratini de Moraes estaria finalizando os detalhes dessa ajuda para evitar focos da doença na região de fronteira. Segundo o ministério, um único foco da doença na Bolívia irá prejudicar todo o trabalho de imunização nos estados de fronteira.
O assunto será debatido em Porto Velho, entre os dias quatro e cinco de outubro próximo, durante a 1ª Reunião Técnica do Circuito Pecuário do Norte, com a presença do secretário nacional de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Luís Carlos e de pecuaristas e representantes dos governos de Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A reunião irá tratar também de uma estratégia única para a região obter a certificação de área de controle da febre aftosa com vacinação – o que abriria as portas ao mercado internacional da carne. Alguns estados da região Norte ainda são conceituados como área de risco desconhecido pelo Ministério da Agricultura.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Yodon Guedes), adaptado por Equipe BeefPoint