Estados lutam pela erradicação da Aftosa

Em Alagoas não há registros de casos de febre aftosa há mais de dez anos, mas, ainda assim, o Estado permanece na zona de risco desconhecido. Para mudar esse quadro, o governador Teotonio Vilela Filho assinou este mês, o decreto de criação do Comitê de Acompanhamento das Ações de Defesa Agropecuária do Estado de Alagoas. Em 1999, o Governo da Frente Popular implantou no Acre o ousado programa que fez elevar de pouco mais de 56% de cobertura vacinal para imunização de 97% do rebanho bovino estabeleceu uma política objetiva para erradicação da febre aftosa.

Em Alagoas não há registros de casos de febre aftosa há mais de dez anos. Na última campanha de vacinação contra a doença, em outubro do ano passado, foi verificada a participação de 94,1% dos produtores locais. Mas, ainda assim, o Estado permanece na zona de risco desconhecido. A classificação do governo federal, como uma barreira, impede o transporte e a exportação do gado alagoano.

Para mudar esse quadro, o governador Teotonio Vilela Filho assinou este mês, o decreto de criação do Comitê de Acompanhamento das Ações de Defesa Agropecuária do Estado de Alagoas. A comissão é formada por representantes do poder público, produtores e terceiro setor.

Nesta sexta-feira, dia 16, às 14 horas, será realizado o primeiro encontro do comitê com o chefe do Executivo, na Sala dos Conselhos do Palácio Floriano Peixoto. Na oportunidade acontece a posse dos integrantes e será apresentado um relatório sobre a real situação do Estado, bem como propostas para ajustá-lo às determinações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“A aftosa é uma questão prioritária. A participação dos órgãos e entidades no comitê é fundamental e dará transparência e agilidade às ações. É importante a participação de todos nesse processo para acompanhar o que o governo está fazendo, e cobrar, caso seja necessário”, explicou o secretário da Agricultura em Alagoas e também presidente da comissão, Jorge Dantas.

Para ficar livre da classificação de área de risco, o Estado tem que passar no teste do Ministério da Agricultura. “Nós temos que nos adequar. Os produtores têm feito a sua parte, com a vacinação de quase 100% do gado. Precisávamos do apoio do governo. Com o comitê, essa parceria fica mais forte e todos nós ganhamos”, avaliou o presidente do Sindicato dos Produtores do Leite de Alagoas (Sindleite), André Ramalho.

A reunião desta sexta-feira vai contar com a participação de Fernando Moretto, consultor vindo do Mato Grosso. “Ele foi responsável por colaborar no diagnóstico de Alagoas. Tomamos o estado como exemplo porque é bem maior que o nosso, possui áreas de difícil acesso e, mesmo assim, já faz parte da zona livre de classificação”, explicou Jorge Dantas.

Fazem parte do comitê representantes da Secretaria de Estado da Agricultura, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas, Associação dos Criadores de Alagoas, Sindicato dos Produtores de Leite de Alagoas, Associação Brasileira de Criadores de Zebu, Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas, Sebrae, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Polícia Militar de Alagoas.

Acre

Em 1999, o Governo da Frente Popular implantou no Acre o ousado programa que fez elevar de pouco mais de 56% de cobertura vacinal para imunização de 97% do rebanho bovino estabeleceu uma política objetiva para erradicação da febre aftosa. A somatória de todos os fatores, o trabalho desencadeado pelo Instituto de Defesa Agroflorestal (Idaf) levou o Acre à condição de zona livre de aftosa com vacinação, status reconhecido internacionalmente e que poucos Estados brasileiros possuem.

“O último caso foi registrado em 1999. É uma marca fantástica: dez anos sem aftosa”, comemora Paulo Vianna, diretor-presidente do Idaf e um dos responsáveis pelo feito. O Idaf montou uma estrutura capaz de levar assistência técnica e sanitária às comunidades mais distantes, estando presente na grande maioria dos municípios.

O cadastro das propriedades na fronteira com a Bolívia e Peru possibilitam informações precisas sobre a situação de cada imóvel numa região de vulnerabilidade. Em maio de 2009 devem ser divulgados os resultados do 3º monitoramento de eficiência da vacina, que avalia a imunização e se os efeitos são plenos. Em 2006, o 2º monitoramento mostrou eficiência de 95%.

As informações são do Alagoas 24 Horas e da Agência de Notícias do Acre, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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