Estados Unidos autoriza exportação de carne suína brasileira

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) comunicou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) o reconhecimento de equivalência do serviço de inspeção de carne suína do Brasil e autorização para habilitação de matadouros-frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína “in natura” para aquele país.

Além desse tipo de produto, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS, sigla em inglês) dos Estados Unidos também ampliou essa autorização de habilitação de carne suína cozida e processada de outros estados brasileiros livres de aftosa com vacinação, desde que a industrialização ocorra em estabelecimentos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e habilitados como produtores de matéria-prima.

O ministro Mendes Ribeiro Filho apresentou à imprensa, nesta terça-feira (10), o comunicado que foi enviado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do MAPA. As exportações terão início assim que o Ministério da Agricultura habilitar os estabelecimentos brasileiros, o que deverá ocorrer ainda nesta semana. Inicialmente, seis empresas receberão autorização para exportar.

A abertura para o mercado americano, nesse primeiro momento, é resultado da decisão tomada no ano de 2001 pelo governo de Santa Catarina de manter o estado livre de febre aftosa sem vacinação.

As tratativas com o USDA intensificaram-se em março do ano passado. Todas as respostas e providências foram aceitas pelas autoridades sanitárias norte-americanas e nos próximos dias deverá ser enviado ao Dipoa o documento de conclusão da equivalência dos serviços de inspeção dos dois países. A principal preocupação dos Estados Unidos estava relacionada com a falta de fiscais federais agropecuários nos estabelecimentos habilitados, mas o MAPA já se comprometeu em atender essa exigência.

Comentário BeefPoint: interessante notar que os EUA estão abertos a carne suína brasileira, e se fizermos o mesmo trabalho para carne bovina, é possível ter acesso ao mercado norte-americano, o maior do mundo. Importante ressaltar que os EUA são muito exigentes, mas tendem a ser mais embasados na técnica e menos na política. Ou seja, apesar de sempre haver alguma influência política, se o Brasil fizer o dever de casa, pode acessar esse mercado. Lembrando que o Uruguai exporta carne bovina in natura para os EUA e é livre de aftosa com vacinação.

Fonte: MAPA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.