Estratégia na formulação dietas: processamento dos alimentos

O processamento de alimentos, principalmente grãos, foi desenvolvido para aumentar a digestibilidade dos alimentos e consequentemente aumentar o desempenho animal através do melhor aproveitamento dos nutrientes.

O amido é a principal forma de armazenamento de energia nos vegetais e responde por grande parte do peso seco da maioria dos grãos de cereais. Apresenta digestão mais rápida e mais completa que os componentes da parede celular, fornecem de 60 a 90% da energia obtida da digestão de grãos.

A digestibilidade do amido no rúmen e no aparelho digestivo é muito maior em grãos pequenos (cevada, trigo, aveia) do que no sorgo e no milho. Consequentemente, a resposta em digestibilidade do amido ao processamento de grãos é muito maior em relação ao sorgo e ao milho do que em relação aos grãos pequenos.

Embora grande atenção tenha sido dada ao processamento tanto de sorgo quanto de milho, há mais métodos disponíveis para o processamento dos grãos de milho. Os principais métodos de processamento são: moagem, laminação, laminação a vapor, floculação a vapor e ensilagem.

A floculação e a laminação a vapor como a ensilagem diminuem o tamanho das partículas e promovem a quebra da matriz proteica que conecta e recobre os grânulos de amido, aumentando consideravelmente a digestibilidade.

Porém o local da digestão pode mudar devido ao processamento. No caso do grão de milho de alta umidade ensilado, a maioria da sua degradação ocorre no rúmen, enquanto com a floculação o local de digestão empurra parte dos grãos para digestão no intestino delgado. Quanto maior o processamento dos grãos, maior é a disponibilidade do amido e desta forma a necessidade de PDR, pois é necessário sincronizar a energia e a proteína disponíveis no rúmen.

O processamento dos alimentos pode ser usado como estratégia para o melhor desempenho na formulação de dietas para bovinos de corte, principalmente em confinamento.