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Estudos estabelecem novo protocolo para estação de monta 2005/2006

Uma nova forma de manejar a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) aproxima o fazendeiro de uma fórmula mais econômica e prática. Um protocolo de IATF deve ser de fácil aplicação na fazenda, oferecer alta probabilidade de sucesso e ser economicamente viável. Com o objetivo de atender a esses pré-requisitos, três estudos foram conduzidos. A conclusão é um novo protocolo para a estação de monta 2005/2006 com melhor relação custo-benefício.

A IATF é realizada com a aplicação de produtos específicos que induzem a ovulação da vaca. Dessa forma, toda a reprodução fica sob controle do produtor.

Os estudos avaliaram a possibilidade de reduzir a dose utilizada de Lutalyse (uma prostaglandina natural), o efeito de incluir a gonadotrofina coriônica eqüina (eCG) no protocolo e a eficiência de três indutores da ovulação (ECP, benzoato de estradiol e GnRH). Os resultados obtidos apontaram ser possível reduzir a dose de Lutalyse sem perder eficiência. O uso de eCG não influenciou as taxas de ovulação e concepção. O ECP pode ser utilizado no final do protocolo, reduzindo o custo em relação ao GnRH e diminuindo o manejo dos animais em relação ao benzoato de estradiol.

“A partir desses três estudos, foi definida uma nova estratégia de IATF que permite emprenhar as vacas mais rapidamente e com possibilidade de maior retorno econômico”, diz José Luiz Moraes Vasconcelos, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Campus de Botucatu, pesquisador coordenador das pesquisas. A estratégia inclui usar meia dose de Lutalyse (2,5 ml), aplicar ECP como estímulo ovulatório (0,25 ml) e fazer a remoção de bezerros.

As taxas de prenhez obtidas nos estudos com o novo protocolo variaram de 40% a 60%, dependendo da condição corporal dos animais. Outros fatores que também influenciam os resultados e merecem atenção do produtor são a qualidade do sêmen utilizado e do inseminador.

O sucesso de programas de reprodução artificial envolvendo vacas paridas normalmente esbarra em baixas taxas de inseminação no início da estação de monta. Dois fatores contribuem para o problema: altas taxas de ausência ou atraso do cio pós-parto e falhas na detecção de cio. Com a IATF, o sucesso é maior.

Um quarto estudo realizado demonstrou que a IATF resulta em maior taxa de prenhez quando comparada à monta natural. Nesse estudo, em cinco dias de estação de monta, a porcentagem de vacas gestantes foi de 8,5% com monta natural e de 47% com o uso da IATF. Com essa técnica o produtor assume o controle da reprodução e determina quando os bezerros vão nascer em sua propriedade.

“A IATF é uma opção interessante do ponto de vista econômico porque antecipa a prenhez, garante a qualidade genética do rebanho pelo maior uso da inseminação artificial, permite melhor planejamento do trabalho, além de reduzir o número de touros na propriedade”, diz Vasconcelos. “Por esses motivos, o número de fazendas que usam a IATF cresce ano a ano.”

Fonte: Assessoria de imprensa da Pfizer

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