O governo dos EUA declarou que pode remunerar pecuaristas americanos para que eles realizem exames laboratoriais para identificar a presença do mal da “vaca louca”. “Promover algum incentivo financeiro é apenas uma das muitas opções em discussão”, afirmou o veterinário-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA, Ron DeHaven.
O estímulo financeiro contemplaria os produtores que possuem animais com algum problema de saúde, como debilidade na locomoção. A dificuldade para caminhar pode ser um dos sintomas iniciais da doença.
Se confirmada, a ação integrará um pacote de medidas instituídas pelas autoridades de saúde do país para reforçar o combate à doença.
Quarentena
O governo anunciou também que colocou mais dois rebanhos de Washington, onde a vaca contaminada foi encontrada, sob quarentena. No total, três rebanhos são investigados. O objetivo do Departamento de Agricultura é localizar 81 animais que teriam sido importados do Canadá em 2001, junto com o bovino doente. Para isso, serão realizados testes de DNA. “Até o momento, encontramos 11 desses animais. A localização dos outros 70 ainda precisa ser confirmada”, afirmou DeHaven.
O Canadá e os Estados Unidos ainda não chegaram a um consenso sobre a origem do animal contaminado. Os EUA afirmam que encontraram um brinco na orelha do animal em questão que identificaria procedência canadense. Já a Agência de Inspeção Alimentar do Canadá argumenta que ainda não há provas suficientes. Um exame de DNA, ainda sem data para divulgação, deve oferecer um parecer final.
De acordo com o proprietário do animal no qual foi encontrada a doença, a vaca teria nascido em abril de 1997, anterior ao banimento do uso de ração à base de tecidos do cérebro e da coluna vertebral por EUA e Canadá.
Status
Os Estados Unidos podem pleitear a manutenção do status de livre do mal da “vaca louca”, mesmo com o aparecimento de uma vaca com a doença em território norte-americano, de acordo com especialistas, caso o animal contaminado tenha sido importado do Canadá.
Fonte: Diário de Cuiabá/MT (por Cíntia Cardoso) e Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint