As barreiras comerciais sanitárias e fitossanitárias (SPS) impostas por economias emergentes como China e Rússia estão representando um sério impedimento às exportações de gado e carne dos Estados Unidos.
As barreiras comerciais sanitárias e fitossanitárias (SPS) impostas por economias emergentes como China e Rússia estão representando um sério impedimento às exportações de gado e carne dos Estados Unidos, de acordo com um relatório do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos. O relatório identificou várias importantes barreiras SPS que afetam múltiplos mercados, incluindo requerimentos de certificação de exportação, de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) e de influenza aviária (AI).
O representante comercial em exercício dos Estados Unidos, Demetrios Maranti, afirmou que esse relatório foi criado para responder às preocupações dos produtores rurais, pecuaristas, processadores e trabalhadores dos Estados Unidos que enfrentam barreiras sanitárias e fitossanitárias quando buscam exportar os alimentos e os produtos agrícolas de alta qualidade.
De acordo com o representante, as medidas SPS são regras e procedimentos que os governos usam para garantir que os alimentos e bebidas são seguros ao consumo e para proteger animais e plantas de pestes e doenças. Muitas medidas SPS são totalmente justiçadas, mas frequentemente os governos disfarçam medidas comerciais discriminatórias e protecionistas sob o disfarce de garantir segurança humana, animal e vegetal. Essas barreiras SPS não somente prejudicam os produtores rurais, pecuaristas, processadores, trabalhadores e suas famílias nos Estados Unidos, mas também, privam os consumidores de todo o mundo de ter acesso aos alimentos e bens agrícolas de alta qualidade dos Estados Unidos.
Segundo o relatório, as restrições ao gado vivo, carne bovina e produtos derivados impostos pela China em 2003, após a detecção de EEB nos Estados Unidos, continuam, apesar da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) ter reconhecido que as medidas de mitigação e vigilância dos Estados Unidos relacionadas à EEB foram efetivas e apropriadas. Apesar de a China ter anunciado uma abertura limitada de mercado para a carne bovina desossada dos Estados Unidos de animais de menos de 30 meses de idade no final de junho de 2006, as condições rígidas para entrada significam que o mercado efetivamente continua fechado para a carne bovina e os produtos derivados dos Estados Unidos.
Outras restrições injustificáveis identificadas no relatório inclui a tolerância zero de limite para salmonela, listeria e outros patógenos em carnes vermelhas e brancas cruas importadas e um requerimento para que os produtores de carne processada dos Estados Unidos registrem-se junto à Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) antes de exportar à China.
A Rússia também mantém barreiras de importações à carne bovina moída de animais de qualquer idade e uma barreira às vendas de frango usando cloro como um Tratamento de Redução de Patógenos (PRT), que essencialmente significa uma barreira a todo o frango dos Estados Unidos.
A reportagem é do Globalmeatnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.