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EUA: Certified Angus Beef modifica padrões e especificações

Respondendo às mudanças da indústria de carne bovina e à demanda dos consumidores, a diretoria da Certified Angus Beef, que representa os criadores da raça Angus nos Estados Unidos, votou em sete de setembro por ajustar as especificações da marca CAB.

Respondendo às mudanças da indústria de carne bovina e à demanda dos consumidores, a diretoria da Certified Angus Beef LLC (CAB), que representa os criadores da raça Angus nos Estados Unidos, votou em sete de setembro por ajustar as especificações da marca CAB.

No lugar do antigo limite de Yield Grade (YG) de 3,9, a marca usará um requisito com uma uniformidade mais específica no futuro. Os pesos dos bovinos terminados aumentaram firmemente e os estilos de fabricação de carne bovina se desenvolveram nos 28 anos desde que a CAB foi fundada. As mudanças resolverão questões de uniformidade que a tecnologia tem sido incapaz de controlar.

A CAB votou por adotar um tamanho do ribeye entre 10 e 16 polegadas quadradas (64,5 a 103,2 cm²) e o peso máximo da carcaça de 1.000 libras (453,59 quilos). Além disso, os membros da CAB foram instruídos a investigar os limites da espessura da gordura externa para refinar a uniformidade da composição. Os membros da CAB irão discutir seus planos com os frigoríficos licenciados, revisar as pesquisas existentes e conduzir testes antes de informar à diretoria uma recomendação final da grossura da gordura.

Desde 1978, o peso médio da carcaça bovina dos EUA aumentou quase 2,722 quilos por ano, ou 74,843 no total, enquanto o limite inicial do YG de 3,9 continuou estático.

Segundo o presidente da CAB, Jim Riemann, este limite ajudou a controlar o peso da carcaça, o tamanho do ribeye e a gordura externa, mas não fornece o tamanho do produto ou a consistência de seu peso que os varejistas e restaurantes precisam. “Faz sentido limitar o tamanho do ribeye e controlar os pesos dos cortes, bem como investigar a grossura apropriada da gordura. A idéia é obter um controle melhor sobre a consistência que o YG atualmente oferece”.

A Auditoria Nacional da Qualidade da Carne Bovina de 2005 descobriu que a principal preocupação dos clientes dos estabelecimentos de foodservice e varejo – marmorização insuficiente – já estava sendo resolvida pela marca CAB. Estas novas mudanças se referem à segunda maior preocupação: cortes muito pesados e falta de uniformidade, disse o vice-presidente para desenvolvimento de negócios da CAB, John Stika. À medida que os pesos das carcaças aumentaram ao longo dos anos, a fórmula estática do YG requeria ribeyes cada vez maiores.

Segundo Stika, essas mudanças, que serão aplicadas a todos os bezerros do programa AngusSource, garantirá a liderança da marca em fornecer aos estabelecimentos de foodservice e varejo uma carne bovina consistentemente superior. A CAB será a primeira marca Angus a adotar padrões de ribeye e peso de carcaça. Quase três quartos das marcas Angus certificadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) não têm especificações de rendimento ou uniformidade.

A CAB disse que pelo menos 6% dos bovinos atualmente certificados não cumprirão com os novos requisitos, mas a expectativa é ajustar a diferença com animais que anteriormente não cumpriam com as especificações para certificação.

A reportagem é de Steve Suther para a Angus e-List.

0 Comments

  1. Roberto Carvalheiro disse:

    Excelente informação!

    Mais um indicador do mercado evidenciando a importância do uso de instrumentos de seleção que identifiquem e premiem animais com uniformidade de produção.

    Há indicativos apontando o mesmo caminho aqui no Brasil (ex.: Programa de Qualidade de Bovinos Independência) – a busca de animais com carcaças de qualidade consistentemente superior e mais uniforme.

  2. Eloy Fernando Fialdini disse:

    28 anos de certificação de carcaças da raça Angus!!! Como estamos longe.

  3. Luiz Alberto Fries disse:

    Em termos de conceitos o CAB (um dos programas de qualidade de carne bovina mais bem sucedidos no mundo) está se aproximando do PQB Independência.

    Consistência de qualidade é onde devemos focar se quizermos recuperar terreno perdido/cedido aos nossos concorrentes. Um primeiro passo é identificar novilhos e processos que produzem cortes superiores, uniformes e dentro de especificado pelo mercado e isto ser reconhecido de forma efetiva (senão continua sendo só um louvável “wishfull thinking”).

    O passo seguinte é identificar touros que produzem uma maior proporção de produtos dentro das especificações e que conseguem um maior valor agregado de produtos/produção e prêmios por qualidade destes produtos. Nossos instrumentos de ontem nos ajudaram muito a aumentar níveis de produção em todas as características em que fizemos um esforço real para isto. Não podemos mais seguir aumentando médias aritméticas; devemos sim é buscar animais que nos dêem consistência de qualidade em seus produtos. Felizmente já começamos a desenhar e a empregar instrumentos deste tipo, como o DEPh.

    O Brasil não é um major player mundial em carne bovina apenas por ter mão-de-obra barata e recursos naturais favoráveis: no caso, estamos presenciando dois pioneirismos estratégico/logístico/tecnológicos fundamentais e que se complementam.