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EUA: como será o progresso da expansão do rebanho?

Por Derrell S. Peel, da Universidade de Extensão do Estado de Oklahoma

Estamos agora em dois anos de expansão do rebanho e isso leva a questões sobre o quanto mais de expansão ocorrerá e, a um grau menor, questões sobre o quão rápido a expansão restante do rebanho ocorrerá. Começando em janeiro de 2014, com 29,1 milhões de cabeças, a expansão do rebanho de corte (baseado em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), revisados em 2015) 217 mil cabeças em 2014 e mais 1,03 milhão de cabeças em 2015. O total em janeiro de 2016 foi de 30,3 milhões de vacas de corte representando um aumento de 3,5% com relação ao ano anterior no rebanho, uma taxa inegavelmente agressiva de expansão do rebanho. Um forte ajuste nos preços do gado no final de 2015 tem sido visto por alguns como resultado desse grande aumento do rebanho e o sentimento é de que foi, talvez, muito, muito rápido e um sinal de que a expansão do rebanho está praticamente acabada. Eu não acredito nesse caso. Parece agora (com o benefício de uma visão retrospectiva) de que o aumento nos preços dos animais para engorda de 2013 a 2014 foi um sinal de mercado para garantir que a expansão do rebanho tivesse um começo agressivo. Tento acontecido isso, os preços do mercado se ajustaram de volta aos níveis que permitem que a indústria siga com o que tiver iniciado. Então, fica a questão sobre o quanto mais de expansão ocorrerá.

Em 1990-1996, a última expansão complexa do rebanho na indústria de carne bovina, o rebanho de corte aumentou em 2,9 milhões de cabeças, de 32,5 milhões de cabeças em 1990 par 35,3 milhões de cabeças em 1996. Isso incluiu um ano de expansão de 3,7%, três anos de crescimento em um alcance de 1% a 2% anualmente, disseminando-se em ambos os lados do grande ano de expansão, e dois anos de crescimento muito lento no começo e no fim da expansão. Os padrões que estamos vendo até agora nessa expansão do rebanho são similares e consistentes com o dos anos noventa. Devemos esperar algo como 2,9 milhões de cabeças de aumento dessa vez? Provavelmente e, afinal, o que realmente importa são os quilos e não precisaríamos desse aumento no número de animais de corte para aumentar a produção de carne bovina. Os pesos das carcaças estão mais de 100 libras (45 quilos) mais pesadas agora comparado com 20 anos atrás.

Entretanto, essa expansão não começou quando pretendia começar. A indústria tentou começar a expansão em 2004, com um tamanho de rebanho de 32,5 milhões de cabeças – o mesmo nível em que começou a expansão do rebanho em 1990. Após dois anos, com um crescimento mínimo do rebanho (de menos de 200 mil cabeças), o mesmo continuou liquidado em 2006 diante de choques sem precedentes nos custos, recessão, etc. Em 2011, a indústria mostrou sinais de expansão no rebanho com um estoque de 30,9 milhões de vacas, mas a seca forçou uma liquidação adicional para o mínimo de 29,1 milhões de cabeças em 2014. As atuais 30,3 milhões de cabeças ainda são menores do que os níveis pré-seca. A questão real pode ser: onde vai parar a recuperação e onde realmente começou a expansão? Um ritmo moderado de crescimento no rebanho em 2016, talvez de 1,5-2,5% com relação ao ano anterior, pode deixar o rebanho próximo aos níveis pré-seca entrando em 2017.

No final das contas, é a demanda que determinará o tamanho da indústria. Os mercados doméstico e internacional serão chave para o quão grande o rebanho será. Os pesos das carcaças bovinas também serão importantes para determinar quantos animais são necessários para suprir a demanda total do mercado. Parece claro para mim que a expansão continuará em 2016, apesar de em um ritmo mais moderado do que em 2015 e em 2017 também. Nesse ponto, parece provável que o rebanho alcançará o pico ciclicamente nos estoques entre 31 e 33 milhões de cabeças. O total final é um alvo em movimento que deve monitorado ao longo do caminho. Infelizmente, isso será mais difícil dado o recente anúncio do USDA de suspensão do relatório sobre gados de julho. Isso significa que não haverá indicação do rebanho da safra de bezerros de 2016; o status de maior retenção de novilhas; nem a estimativa de oferta de animais para engorda até 2017.

Por Derrell S. Peel, da Universidade de Extensão do Estado de Oklahoma, para a Drovers.

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