A missão veterinária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos concluiu ontem a auditoria realizada em 16 frigoríficos e dez laboratórios de nove estados para verificar o cumprimento pelo Brasil das normas de equivalência sanitária entre os dois países.
No relatório preliminar entregue ao secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Gabriel Maciel, os técnicos norte-americanos apontam deficiências no sistema brasileiro de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal. “Agora, temos um prazo de 60 dias para fazer os ajustes recomendados pelos Estados Unidos”.
Entre as deficiências constatadas pela missão, está a falta de um programa permanente de capacitação de pessoal de fiscalização e de laboratório, informou Maciel. Os técnicos do Departamento de Agricultura dos EUA apontaram ainda a necessidade de compatibilizar os sistemas de análises de resíduos dos dois países. “Nós usamos a urina dos animais para fazer o exame e os Estados Unidos usam o fígado. Precisamos nos adequar ao procedimento adotado por eles”, disse o secretário, acrescentando que a auditoria foi realizada, nas últimas cinco semanas, nos frigoríficos que exportam carne cozida para os EUA.
O secretário revelou também que o Mapa desabilitou, durante a auditoria norte-americana, cinco frigoríficos exportadores de carne cozida para os EUA. Segundo ele, esses estabelecimentos não estavam cumprindo os procedimentos recomendados para a produção de origem animal. Ele afirmou ainda que o Mapa poderá descredenciar, num prazo de 30 dias a contar da visita da missão, outros frigoríficos que estiverem em desacordo com as normas sanitárias.
Durante a auditoria, a missão do Departamento de Agricultura dos EUA também desabilitou outros três frigoríficos, impedindo-os de atender aquele mercado.
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint
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O temor americano sob casos de contaminação de suas carnes, deixa claro a preocupação em fiscalizar a carne por eles importada.
A carne bovina nos EUA ja é problema de saúde publica.
Será que são capazes mesmo de monitorar nossa carne, já que a deles não é referência mundial?