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EUA: consequências da redução do rebanho pode ser pequena para o mercado pecuário

Qual a importância deste declínio pelo sexto ano consecutivo? “Seu impacto nos mercados provavelmente será pequeno ou nenhum”, disse o analista da FCStone, Ryan Turner. “É um relatório que todo mundo quer ver”.

Os próximos dados a serem publicados pelo USDA deverão mostrar que o rebanho bovino dos Estados Unidos está em seu menor nível desde que Henry Truman era presidente (1945) e a Rainha Elizabeth II foi coroada (1953). O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicará o relatório semestral do rebanho bovino para mostrar que o rebanho doméstico no começo de 2013 está 1,8% menor do que no começo do ano anterior. Isso implica em um rebanho de 89,1 milhões e cabeças – o menor desde 1952 e quase um terço menor do que o pico alcançado em 1975.

Porém, qual a importância deste declínio pelo sexto ano consecutivo? “Seu impacto nos mercados provavelmente será pequeno ou nenhum”, disse o analista da FCStone, Ryan Turner. “É um relatório que todo mundo quer ver”.

O contrato futuro de gado negociado na bolsa de Chicago para abril recuperou quase 3% desde o valor mais baixo registrado em 18 de janeiro, declínio impulsionado pela reduzida demanda por carne bovina e pelo fechamento da Cargill de uma planta processadora do Texas.

Ainda, as consequencias para a carne bovina causadas pela redução do rebanho é amenizada pela melhoria da produtividade. “Bem quando o Japão está dominuindo sua sbarreiras para a carne dos Estados Unidos, nossa oferta de carne está caindo”, disse Turner. “Isso está errado. Seja por genética, melhor alimentação, melhores técnicas, estamos obtendo mais carne bovina por animal”. Embora o rebanho bovino tenha caído 32% desde 1975, a produção de carne bovina aumentou 18%.

Porém, existem dois possíveis fatos para o relatório fornecer além da redução do rebanho. Como primeiro, nos últimos relatórios do setor sobre gado confinado, o USDA estimou que o número de animais confinados aumentaria mais de 4% em dezembro, e na verdade caiu 0,5%. Embora não seja grave, houve recuperação do preço do boi gordo, além de reduzir o valor do contrato futuro do milho, sinalizando a redução de utilização do grão pela pecuária devido ao alto custo.

O segundo ponto é o número de novilhas de reposição para corte. A expectativa dos analistas para os dados a serem divulgados são bastante divididas – além do número de vacas jovens que potencialmente poderiam formar a base de uma recuperação nos números do rebanho. Estimativas vão de uma queda anual de 7,9% nas novilhas de corte de reposição até aumento de 3%.

“Analistas têm números bastante diferentes nesse sentido”, disse um relatório da Paragon Economics and Steiner Consulting. “A seca foi uma preocupação significante para os produtores de cria em 2012. Além disso, o aumento nos preços do milho impactaram negativamente os valores do gado para engorda e mudaram os incentivos para produtores manterem seus animais. A maioria dos analistas, entretanto, parece pensar que o impacto da seca não foi tão severo”.

Muitos comentaristas estão de fato apostando na recuperação do rebanho bovino dos Estados Unidos, como o JBS prevendo uma recuperação nos números para mais de 95 milhões de cabeças no final da década. Isso levará a produção americana de carne bovina para 13 milhões de toneladas e ajudará a suprir a demanda mundial pela proteína.

O rebanho irá realmente se recuperar, porém o número de novilhas que será divulgado poderá fornecer informações mais concretas.

A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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