A União de Consumidores, grupo que defende os consumidores dos Estados Unidos, atacou a credibilidade do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) com uma carta severa escrita ao secretário da Agricultura, Mike Johanns.
O grupo citou o relatório do Serviço de Inspeção Geral (Office of the Inspector General – OIG) que questionou o programa expandido de vigilância contra Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) do USDA. “Nós estamos preocupados que haja problemas metodológicos sérios e/ou suposições falhas” envolvidas com o programa, disse a carta.
A União de Consumidores questiona a exclusão de dados básicos como distribuição geográfica dos animais amostrados, suas idades, quantos mostraram sintomas de EEB e se todos os animais de alto risco estão sendo testados, como era a intenção do programa. O relatório divulgado no último verão informou que a coleta de amostras não foi aleatória, mas “concentrada em poucos estabelecimentos de abate e de descarte em poucos estados”.
A principal preocupação, no entanto, são os bovinos que apresentam resultados negativos para o teste da raiva. De acordo com o representante da União dos Consumidores, Dr. Michael Hansen, o comportamento agressivo de bovinos é um sinal de infecção por raiva, e todos os animais que apresentam este comportamento são testados para esta doença.
O USDA, em seu próprio plano de vigilância, disse que “todos os bovinos com suspeita de raiva que apresentam resultados negativos nos testes deveriam ser testados para EEB”. Entretanto, quando a OIG fez a auditoria dos procedimentos de testes, descobriu que somente 16% destes bovinos de alto risco foram testados para EEB; em Iowa, por exemplo, somente dois dos 175 animais negativos para raiva foram subsequentemente testados para EEB no ano fiscal de 2002-2003.
A União dos Consumidores está pedindo ao USDA que forneça os dados sobre o programa expandido de testes desses animais de alto risco. “Nós precisamos saber quantos casos de bovinos negativos para raiva ocorreram nos EUA de primeiro de junho de 2004 a primeiro de julho de 2005 e quantos desses casos foram realmente testados para EEB”, diz a carta.
A carta também questiona políticas sobre animais apresentando sinais de sintomas no sistema nervoso central, animais deprimidos e animais que morreram na fazenda.
Fonte: MeatingPlace.com (por Pete Hisey), adaptado por Equipe BeefPoint