Os Estados Unidos continuam passando à frente dos demais países no mercado de importação de carne bovina e miúdos da China.
Nos primeiros seis meses deste ano (até junho), a China importou 5.195 toneladas de carne bovina e de vitelo, de acordo com os dados fornecidos pelo próprio país. Este volume foi 21% maior do que no mesmo período de 2002, apesar do impacto devido ao surgimento da pneumonia asiática no início deste ano. O maior volume (3.382 toneladas) foi importado dos EUA, seguido pela Austrália (1.281 toneladas), Nova Zelândia (76 toneladas) e outros países (456 toneladas).
Comparado com o mesmo período de 2002, as importações de carne bovina dos EUA, Austrália e outros países aumentaram 8%, 35% e 850%, respectivamente, enquanto as importações da Nova Zelândia caíram 43% neste período.
Os EUA também são o maior fornecedor de miúdos importados pelo gigante asiático. Durante os primeiros seis meses deste ano, a China importou 22.692 toneladas de miúdos (2% a mais do que no ano anterior), sendo que os EUA representaram 71% (ou 16.029 toneladas) de participação de mercado de miúdos importados. A participação da Austrália ficou em 4% (921 toneladas) – denota um aumento de 109% com relação ao mesmo período do ano anterior. O Canadá é outro importante fornecedor de miúdos à China, com 22% de participação no mercado (4.981 toneladas). A Nova Zelândia é apenas um pequeno participante, sendo responsável por somente 683 toneladas, e outros países combinados exportaram somente 78 toneladas de miúdos ao mercado chinês.
A atividade dos EUA na China neste ano incluiu uma série de seminários patrocinados pela Federação de Exportação de Carnes do país (U.S. Meat Export Federation – USMEF) para fortalecer o conhecimento dos chineses sobre o sistema de segurança das carnes nos EUA.
O Brasil parece estar se tornando uma potencial ameaça competidora neste mercado, à medida que fontes indicam que a China pode estar interessada na compra de carne bovina fresca do Brasil. Entretanto, como primeiro passo, o Brasil deverá completar um questionário e uma delegação chinesa deverá visitar frigoríficos brasileiros de carne bovina.
Fonte: Meat & Livestock Australia (MLA), adaptado por Equipe BeefPoint