EUA: Dados do rebanho confirmam expansão

Os dados do rebanho bovino divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 1 de julho mostram expansão do rebanho com amentos nos números de vacas de corte e novilhas de reposição.

Os aumentos com relação ao ano anterior no número de vacas de corte e novilhas de corte de reposição nos Estados Unidos mostram que a expansão do rebanho que começou no ano passado está em terreno sólido.

As vacas de corte aumentaram em 750.000 cabeças, 3% a mais que no rebanho de julho do ano passado, e as novilhas de reposição aumentaram em 300.000 cabeças, 7% a mais que no ano passado, de acordo com dados do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (NASS) do USDA.

Os aumentos eram esperados e confirmam que a indústria está em plena expansão cíclica, apesar de esta ainda estar começando, disse o especialista no mercado pecuário da Universidade do Estado de Oklahoma, Derrell Peel. Ele disse que essa deverá permanecer por um longo tempo ainda – cerca de 20 anos.

A última expansão foi gradualmente reduzida após o pico em 1996, seguida por preços que disseram que o rebanho bovino estava muito grande. A seca estendeu o período normal de liquidação até 2004, disse ele.

Uma mini expansão em 2004 e 2005 foi cortada em 2006 por choques enormes nos preços dos insumos – alimentos animais, combustíveis e fertilizantes – e os baixos retornos causados ela liquidação continuam.

A recessão em 2008 e 2009 afetaram negativamente a demanda por carne bovina e a seca disseminada, particularmente nas Planícies do Sul, de 2011 a 2013, limitaram as tentativas de reconstrução, disse ele.

“Nós passamos cerca de 18 anos em modo de liquidação”.

Esses fatores externos levaram o rebanho bovino a ficar menor do que o necessário. Os preços “tremendos” resultantes em 2014 e as melhores condições de seca, que eliminaram a seca na maior parte do país exceto no oeste, impulsionaram o começo da expansão no ano passado, disse ele.

Os produtores estão respondendo a sinais básicos de preços, mas levará vários anos mais para construir o rebanho a um nível necessário para ser compatível com o mercado.

Porém, o efeito inicial da reconstrução do rebanho é ofertas ainda mais escassas de bovinos para engorda e 2015 será o ponto de mais baixa oferta desse ciclo, continuando a pressionar os operadores de confinamentos, disse Peel. Há um período de pelo menos dois anos para que se comece a ver os efeitos da expansão da produção de carne bovina. Nesse meio tempo, a expansão continuará em 2016, assim como em 2015, disse ele.

Fonte: Capital Press, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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