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EUA desenvolverão novo sistema de rastreabilidade

O Sistema Nacional de Identificação Animal dos Estados Unidos, chamado de NAIS, pela sigla em inglês, parece já não existir. Segundo o anúncio feito pelo USDA, será desenvolvido um novo e flexível sistema para rastreabilidade de doenças animais e tomadas várias outras ações para fortalecer a prevenção de doenças e as capacidades de resposta do país. Segundo o secretário da Agricultura, Tom Vilsack, "decidi rever a política anterior e oferecer uma nova abordagem para a rastreabilidade de doenças animais com mudanças que respondem diretamente às informações".

O Sistema Nacional de Identificação Animal dos Estados Unidos, chamado de NAIS, pela sigla em inglês, parece já não existir. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou uma redução no sistema de rastreabilidade de doenças animais. A agência descreveu o programa e incluiu um link para o novo site de rastreabilidade. Inclusive, o site do NAIS não está mais ativo.

Segundo o anúncio feito pelo USDA, será desenvolvido um novo e flexível sistema para rastreabilidade de doenças animais e tomadas várias outras ações para fortalecer a prevenção de doenças e as capacidades de resposta do país.

“Após concluir nossa viagem de auditoria sobre o NAIS em 15 cidades do país, receber milhares de comentários públicos e informações dos Estados, grupos da indústria e representantes de produtores pequenos e orgânicos, ficou evidente que uma nova estratégia para rastreabilidade de doenças animais é necessária”, disse o secretário da Agricultura, Tom Vilsack. “Decidi rever a política anterior e oferecer uma nova abordagem para a rastreabilidade de doenças animais com mudanças que respondem diretamente às informações que ouvimos”.

O sistema fornece os princípios básicos de uma melhor capacidade de rastreabilidade de doenças animais nos Estados Unidos. Os esforços do USDA irão:

– Somente ser aplicados a animais transportados em um comércio interestadual;

– Ser administrados pelos Estados para fornecer mais flexibilidade;

– Estimular o uso de tecnologia de menor custo; e

– Ser implementado de forma transparente através de regulamentações federais.

“Uma das minhas principais metas para essa nova abordagem é construir um processo colaborativo para formar e implementar nosso sistema para rastreabilidade de doenças animais. Estamos comprometidos a trabalhar na parceria com os Estados e indústria nos próximos meses para decidir muitos dos detalhes desse sistema e dar ampla oportunidade para produtores e pecuaristas nos fornecerem informações contínuas durante esse processo”.

Um dos primeiros passos do USDA será reunir um fórum com líderes em saúde animal para Estados e Nações Tribais para iniciar um diálogo sobre possíveis formas de se obter uma abordagem flexível e coordenada para a rastreabilidade de doenças animais que prevemos. Adicionalmente, o USDA renovará o Comitê Conselheiro sobre Saúde Animal da Secretaria para abranger assuntos específicos, como confidencialidade e responsabilidade.

Apesar de o USDA ter um robusto sistema em prática para proteger a agricultura do país, com esse anúncio recente, o USDA estará também tomando ações adicionais para fortalecer as proteções contra a entrada e disseminação de doenças. Esses passos incluirão ações para reduzir os riscos de introdução de doenças, iniciando e atualizando análises sobre como as doenças animais viajam dentro do país, melhorando as capacidades de resposta, focando em uma maior colaboração e analisando com os Estados e a indústria o potencial risco de doenças.

A reportagem é da Drovers, com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (www.usda.gov), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Caem as ridículas algemas que tentaram nos impor, lá e cá.

    O site http://www.nonias.org, como eu, está exultante. To heck with NAIS, dizem eles, para concluir com uma citação, batidérrima mas muito aplicável: “o preço da liberdade é a eterna vigilância” (Thomas Jefferson).

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Acredito que nossos “druidas” do MAPA, e seus colaboradores do SISBOV (antigos, atuais e futuros), aguardassem até que o novo sistema americano fosse divulgado.

    Poderiam estuda-lo pacientemente, e adapta-lo as nossas condições, ao invés de perdermos tempo, em seguidas tentativas de implantar um sistema, que se mostra mais capenga a cada nova versão.

    É importante observar os pontos principais que nortearão o novo sistema americano:

    Somente ser aplicados a animais transportados em um comércio interestadual;

    – Ser administrados pelos Estados para fornecer mais flexibilidade;

    – Estimular o uso de tecnologia de menor custo; e

    – Ser implementado de forma transparente através de regulamentações federais.

    Ponto importante, e de descaso total por aqui: O 3º item – Estimular o uso de tecnologia de menor custo…

    É de grande ajuda para o sucesso na implantação de qualquer sistema, principalmente quando se aplica a “identificação eletrônica”, com os chips e leitores de rádio frequencia, desnecessariamente caros que o Sisbov insiste em nos enfiar goela abaixo.

    Infelizmente, os parlamentares de lá, tem mais conhecimentos e estão mais preocupados em atender aos produtores do que atender aos interesses das grandes Corporações Públicas ou Privadas…

    Continuaremos a ser parasitados, afinal por aqui fazem de tudo para continuar tudo como está… Brincos, chips, leitores, certificadoras, e frigoríficos… alguns mais frigoríficos que outros…

    Já imaginaram se as informações da tal BND ficarem ao alcance dos frigoríficos?
    – Saberão com antecedência de pelo menos 12 meses tudo que precisam para controlar o mercado, afinal saberão : onde estão os animais, a idade de cada um deles, o sexo e a raça… com essas informações, poderão manipular os preços da forma que melhor lhes convier…

    Que inveja dos americanos…

  3. Humberto de Freitas Tavares disse:

    O certo é http://www.nonais.org, desculpe.

  4. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    O programa de rastreabilidade bovina do EUA trilhou um caminho um pouco diferente do nosso. Começou como um programa obrigatório, associado a um cronograma de implantação. Mas demorou muito mais que o SISBOV para se tornar um programa voluntário. Optou pela adoção de identificação individual baseada obrigatoriamente no uso de transponders (brincos eletrônicos) e, ao invés da implantação de uma BND pública, optou pelo credenciamento de empresas privadas gestoras de bancos de dados que seriam responsáveis por subsidiar o governo sempre que solicitadas.

    Apesar do programa atualmente contar com a adesão de mais de 1/3 dos pecuaristas americanos (muito mais que o nosso SISBOV) enfrentou e continua enfrentando resistências e o que se esta discutindo agora é uma revisão para simplifica-lo e ampliar sua abrangência. Esta preocupação é legítima e deve ser permanente, mas não deve absolutamente ser confundida com o fim da rastreabilidade.

  5. José Manuel de Mesquita disse:

    Grandes conquistas:

    – Somente ser aplicados a animais transportados em um comércio interestadual;

    – Ser administrados pelos Estados para fornecer mais flexibilidade;

    – Estimular o uso de tecnologia de menor custo; e

    – Ser implementado de forma transparente através de regulamentações federais.

    Estes itens diminuirão em muito a quantidade de parasitas que orbitam a atividade produtiva.

    Não pensem que foi fácil, a luta foi grande, movimentou associações de produtores do país inteiro, com sites especializados em informar e orientar produtores e consumidores sobre os excessos do tal sistema. Pressão fortíssima sobre os congressistas, campanhas de esclarecimentos e a recusa sistemática de muitos estados em aderir ao programa.

    Devemos repetir sempre o lema de Thomas Jefferson: “o preço da liberdade é a eterna vigilância”… Lema este que deveria ser levado muito a sério, principalmente quando os envolvidos são as grandes corporações ( privadas ou públicas)… Não nos esqueçamos de também aplicar o lema do Thomas Jefferson ao tal do PNDH-3 (acho que a sigla é essa).

    Fico feliz por terem conseguido. O exemplo dado por eles, mostra que existe um caminho a seguir, dependeremos de lideranças organizadas, e objetivos bem definidos, só assim poderemos fazer rastreabilidade, sem sermos parasitados…

    Parabéns a eles que conseguiram…