O Brasil deverá enfrentar uma concorrência mais acirrada no mercado mundial de carnes a partir do segundo semestre. Os Estados Unidos e a Europa vão trabalhar para retomar os seus mercados após os problemas sanitários que tiveram, informou o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para Assuntos Internacionais, Gilman Viana Rodrigues.
Os Estados Unidos sempre foram grandes fornecedores mundiais de carne bovina. Já a Europa é tradicional na venda de frango. São justamente dois segmentos em que o Brasil cresce como exportador. No ano passado, as receitas das vendas de carne bovina brasileira no mercado internacional aumentaram 33,5% e as de frango 28%. Para a Arábia Saudita, por exemplo, as vendas de carne de frango cresceram em 25% em 2003 em relação ao ano anterior. Para o Egito, o envio de carne bovina brasileira aumentou 60%. Até a metade do ano passado, 7% das importações de carne dos egípcios eram oriundas dos Estados Unidos. O país também importava gado vivo da Irlanda e suspendeu as compras com o aparecimento da vaca louca na Europa. “Eles já estão começando a fazer pressão para reconquistar seus mercados”, disse Viana.
As vendas do agronegócio brasileiro para os países árabes devem continuar a aumentar este ano, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG), Carlo Lovatelli. “As exportações para a região vão crescer. É interesse do governo e também da iniciativa privada ter um maior número de mercados e também novos mercados”, disse Lovatelli. As informações são da Anba.
Fonte: Agrol, adaptado por Equipe BeefPoint