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EUA: embargos relacionados à EEB custaram US$ 11 bi

Os pecuaristas e processadores dos Estados Unidos perderam quase US$ 11 bilhões em receita entre 2004 e 2007 após importantes importadores terem barrado a carne bovina norte-americana com a descoberta de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca, nos EUA, de acordo com um relatório divulgado pelo Governo do país.

Os pecuaristas e processadores dos Estados Unidos perderam quase US$ 11 bilhões em receita entre 2004 e 2007 após importantes importadores terem barrado a carne bovina norte-americana com a descoberta de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca, nos EUA, de acordo com um relatório divulgado pelo Governo do país.

A Comissão Internacional de Comércio (ITC) disse que as restrições comerciais colocadas em prática por causa da EEB custaram à indústria de carne bovina dos EUA entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2,7 bilhões em receitas anuais entre 2004 e 2007. O Japão e a Coréia foram responsáveis por US$ 9,4 bilhões dos US$ 11 bilhões estimados em perdas totais.

As exportações de carne bovina dos EUA foram virtualmente cessadas após a descoberta do primeiro caso da EEB em dezembro de 2003 em Washington.

As vendas globais de carne bovina dos EUA vêm aumentando, mas não rapidamente o suficiente para o Governo ou para a indústria de carne bovina, que ainda sofrem restrições referentes à idade do gado abatido e regras de importação inflexíveis.

O ITC disse que, embora os governos fechem imediatamente suas fronteiras quando surge uma preocupação de segurança alimentar, pode levar vários anos para que as restrições sejam removidas. “O incidente (de EEB) dos EUA fornece um exemplo deste desequilíbrio entre imposição e relaxamento das restrições comerciais”, disse o ITC em seu relatório.

Oficiais dos EUA tiveram esperanças de que a decisão tomada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no ano passado, que deu ao país o status de “risco controlado” para segurança da carne bovina, impulsionasse as exportações do produto significantemente, mas isso vem ocorrendo lentamente.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e outros têm estimulado os parceiros comerciais do país a adotarem padrões internacionais para a carne bovina, aceitando cortes com osso e carne de animais de todas as idades. Atualmente, o Japão só aceita carne de animais de 20 meses de idade ou menos, enquanto a Coréia do Sul importa carne de animais de menos de 30 meses de idade.

A reportagem é da Reuters, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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