EUA: exportações de carne devem manter-se abundantes, analista contraria projeções do USDA

O dólar fraco, juntamente com uma vantagem competitiva nos custos de produção deverá levar a um crescimento melhor do que o esperado nas exportações de proteína dos Estados Unidos no próximo ano, de acordo com a analista do BB&T Capital Markets, Heather Jones.

Embora existam desafios, os aumentos nas exportações projetados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de 0,7% para carne bovina, 2,8% para carne suína e 3,7% para carne de frango, são provavelmente conservadores, disse Jones.

As exportações de grandes produtores como Canadá e União Europeia (UE) ficaram estagnadas ou declinaram nos últimos anos devido aos custos não competitivos, mas as exportações de carne bovina e suína dos Estados Unidos como uma proporção da produção total vêm atingindo novos recordes.

A fraca competição, combinada com um acordo comercial assinado recentemente com a Coreia, além da crescente demanda da Ásia e de mercados menos convencionais da África e Oriente Médio, deverão garantir uma demanda estável de exportação nos próximos anos, disse Jones.

O próximo ano trará desafios para os exportadores. A produção de carne bovina deverá se recuperar na Coreia e no Japão, enquanto as exportações de carne bovina brasileira deverão aumentar 5% e as da Austrália deverão aumentar de forma modesta. Ao mesmo tempo, a produção dos Estados Unidos deverá se contrair substancialmente em 2012, o que poderá pressionar os preços para cima e reduzir a demanda.

Apesar desses desafios, Jones acredita que as projeções do USDA poderão ser superadas nos três setores de carne. “O denominador comum das três proteínas é que os Estados Unidos é um produtor de baixo custo de forma geral, o que deverá se traduzir em contínuo crescimento”.

Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.