O Governo dos Estados Unidos expandirá suas atuais medidas de salvaguarda contra a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da ‘vaca louca’, proibindo o uso de proteínas animais na alimentação de bovinos, informou o chefe da organização Administração para Alimentos e Drogas (Food and Drug Administration – FDA) na segunda-feira.
Durante observações feitas em uma reunião de um grupo de consumidores sobre segurança alimentar, o comissário do FDA, Lester Crawford, disse que a entidade divulgará as revisões, há muito tempo esperadas, sobre as regulamentações referentes à alimentação animal “muito rapidamente”. Quando questionado pelos repórteres se o FDA proibirá todas as proteínas animais da alimentação de bovinos, Crawford disse que será feito “algo assim”.
O FDA está nos estágios finais de preparação das novas regulamentações, que substituirão o que foi proposto pela agência há mais de um ano, disse ele. “Estas serão bem mais fortes e serão divulgadas muito em breve”, disse Crawford.
O porta-voz do FDA, Mike Herndon, disse que a agência deverá divulgar a regulamentação proposta no período de um a dois meses.
O FDA, que fiscaliza os alimentos animais nos EUA, disse no mês passado que estava considerando uma barreira mais ampla no uso de resíduos de aves, comidas caseiras e sangue de bovinos em rações, bem como mais restrições no uso de itens que se acredita terem um alto risco de disseminação da EEB.
Os cientistas afirmam que a EEB é disseminada entre os bovinos através do consumo de ração contendo materiais de animais infectados. A principal medida de proteção que os EUA instauraram foi em 1997, a barreira ao uso de restos de bovinos como suplemento protéico na alimentação desses animais.
Outras medidas de segurança incluem a proibição contra o abate de bovinos “deprimidos” – animais muito doentes para andar sozinhos – para alimentos humanos, e um requerimento para que os frigoríficos removam das carcaças tecidos de cérebro, medula espinhal, tecido nervoso e outras partes que têm maiores chances de conter as proteínas modificadas causadoras da EEB.
Fonte: Reuters (por Charles Abbott e Christopher Doering), adaptado por Equipe BeefPoint