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EUA: frigoríficos devem continuar com margem apertada

O presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, disse que a recessão, a dificuldade em se obter créditos e os maiores preços da energia irão pesar nos gastos dos consumidores em 2008. Além disso, quando estes consumidores chegarem nas lojas, os contínuos abates recordes de suínos e a abundante oferta de carne de aves oferecerão a eles opções mais baratas do que a carne bovina. Ao mesmo tempo, os frigoríficos não estão sendo capazes de suprir a diferença nas margens dos confinamentos à medida que as baixas produções de bezerros em 2007 se traduzirão em redução nos animais para abate em 2008 e 2009.

O presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, disse que a recessão, a dificuldade em se obter créditos e os maiores preços da energia irão pesar nos gastos dos consumidores em 2008. Além disso, quando estes consumidores chegarem nas lojas, os contínuos abates recordes de suínos e a abundante oferta de carne de aves oferecerão a eles opções mais baratas do que a carne bovina, de acordo com os analistas entrevistados pelo site MeatingPlace.com.

As ameaças (para a indústria de carne bovina) da economia geral são muito maiores do que eram há poucos meses”, disse o especialista em Comercialização de Animais da Universidade do Estado de Oklahoma, Derrell Peel.

Ao mesmo tempo, os frigoríficos não estão sendo capazes de suprir a diferença nas margens dos confinamentos à medida que as baixas produções de bezerros em 2007 se traduzirão em redução nos animais para abate em 2008 e 2009, de acordo com o economista agrícola da Universidade de Missouri, Ron Plain. “Os confinamentos e as plantas frigorificas estão fazendo ofertas para um número bem menor de bovinos”.

Haverá um pouco mais de bovinos para abater no primeiro trimestre de 2008, à medida que a seca nas regiões sudestes dos EUA têm pressionado a ida de animais de pastagens para estabelecimentos de engorda a uma velocidade maior que o normal. Porém, este impulso irá somente se traduzir em menos animais para abate no segundo trimestre. “Os frigoríficos estão negociando agressivamente para manter as plantas funcionando, pressionando os preços dos bovinos para mais altos do que eles podem vender a carne”, disse Plain.

“Poderemos ver preços recordes do boi gordo nesta primavera. Isso é bom para os confinamentos, mas não para os frigoríficos”, disse Peel.

Também foram divulgadas na sexta-feira más notícias para confinamentos e processadores, quando o relatório de estoques de grãos de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou baixos estoques de soja e trigo, aumentando seus preços juntamente com os preços do milho, já bem altos por causa da nova legislação norte-americana que favorece a produção de etanol.

Estas notícias impactaram em Wall Street, que na segunda-feira baixou os preços das ações da Tyson, Pilgrim´s Pride, Smithfield e Hormel.

Cargill, JBS-Swift, National Beef e Tyson Foods, todos reduziram a produção no ano passado. Embora esta medida seja freqüentemente uma ocorrência sazonal de final de ano, esses cortes poderão continuar em 2008.

“Estamos com uma produção reduzida há vários meses e isso continuará desta forma até que aumente o número de animais”, disse o porta-voz da Cargill, Mark Klein.

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