O USDA (Departamento da Agricultura dos Estados Unidos) confirmou ontem (29) que a vaca que contraiu a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou mal da “vaca louca”, em uma fazenda em Washington, foi importada da Província de Alberta, no Canadá, em 2001, com mais oito animais.
Foi nessa província que, em maio deste ano, foi constatado um caso de EEB em um animal. No total, porém, o lote importado era de 81 cabeças. A constatação de que o animal não nasceu nos EUA levou os produtores americanos de carne bovina a exortar os países que suspenderam as importações desse produto a reabrirem suas fronteiras, mas o Japão, principal importador, recusou-se a fazer isso, prometendo enviar uma equipe aos EUA, em janeiro, para obter mais informações sobre o caso.
Ron DeHaven, veterinário-chefe do USDA, disse que sua equipe checou novamente suas anotações, no final de semana, e estabeleceu a data de importação do animal como abril de 1997. Sábado, informou-se que a importação havia sido feita em agosto de 2001. Agora, o Departamento tenta localizar as outras oito vacas importadas que estavam no mesmo lote daquela infectada.
No momento, as autoridades procuram em oito estados e na ilha de Guam a carne do animal doente.
Hoje, o primeiro-ministro da Província de Alberta, Ralph Klein disse que Estados Unidos e Canadá devem parar de discutir e trabalharem juntos para resolver o problema. Quando o governo canadense informou que havia detectado um animal portador da EEB, o USDA pôs em prática um programa voluntário de verificação da carne bovina destinada à exportação, que compreendia precauções e exames adicionais. Segundo DeHaven, a vaca com EEB teve três crias – uma nasceu morta, a outra continua no rebanho onde sua mãe viveu e a terceira está em uma fazenda de engorda e foi isolada -.
De acordo com o USDA, os tecidos do sistema nervoso central da portadora do mal da “vaca louca” não entraram na corrente de alimentação humana. A maioria dos cientistas afirma que esses tecidos, como a espinha dorsal e o cérebro, concentram o agente da EEB.
Enquanto isso, a oposição democrata e grupos de consumidores criticam a política de prevenção aplicada pelo governo Bush. Eles pedem a ampliação dramática do exame – neste ano, foram feitos testes em 20 mil animais, e os EUA têm 96 milhões de bois e vacas -.
Fonte: Agência Estado, adaptado por Equipe BeefPoint