EUA: garantia de qualidade de carne bovina avança

Em sua jornada de 25 anos para padronizar o programa de Garantia de Qualidade da Carne Bovina (Beef Quality Assurance – BQA), o beef Checkoff dos Estados Unidos fez uma substituição filosófica chave mudando de, apenas corrigir as violações, para também melhorar a qualidade do produto. Desde então, a posição pro-ativa é desenvolver um programa com práticas de produção sólidas, baseadas em ciência, visando melhorar a satisfação dos consumidores e aumentar as oportunidades de mercado aos produtores de carne bovina.

O fundamento do programa é o Plano Estratégico BQA 2010, que foi revelado na conferência anual de verão da indústria pecuária. Como uma iniciativa do beef checkoff, o plano ainda precisa ser aprovado para financiamento pelo Comitê de Operação e Promoção da Carne Bovina em setembro. Se aceito, o programa se tornará o primeiro plano formal de longo alcance para guiar os esforços nacionais do BQA.

Um plano formalizado de BQA unirá os objetivos de todos os programas estaduais existentes de Garantia de Qualidade da Carne Bovina. A missão do BQA é maximizar a confiança dos consumidores na carne bovina e dar aos produtores um mapa das “melhores práticas” para aumentar a lucratividade.

O programa é guiado por três princípios fundamentais: 1) os produtores podem fazer a diferença; 2) a qualidade é tarefa do produtor, e não de outra pessoa; e 3) a segurança dos produtos e saúde é negócio de todos.

As prioridades estratégicas do BQA para 2008 incluem o desenvolvimento de um manual nacional de padrões; programas pilotos; e iniciativas de garantia de qualidade para vaca leiteira e vacas e touros comerciais. Os arquitetos do guia nacional também querem dar aos conselhos estaduais de carne bovina a flexibilidade para ir além dos padrões nacionais para tirar vantagem das necessidades e oportunidades de mercado dos Estados individuais.

Em 1986, foi formada a Força Tarefa Segurança da Carne Bovina visando questões de segurança real e percebida. Uma preocupação crítica naquele tempo era a presença de resíduos químicos, mostrados em 4% das amostras de carne bovina coletadas. Um grupo representando todo o setor produtivo e a indústria farmacêutica se reuniu para resolver o problema através de medidas práticas de produção e educação dos envolvidos. Dois anos depois, as taxas de resíduos em amostras caíram para zero.

A força tarefa se transformou na Assembléia Consultiva de Garantia de Qualidade da Carne Bovina atual, sinalizando uma mudança chave da postura de localização de problemas para ativamente identificar e resolver problemas de qualidade antes que os clientes recebam o produto. A Assembléia Consultiva percebeu que a indústria precisava de auto-auditoria para qualidade.

A auditoria de 1991, a primeira auditoria abrangente de carcaças bovinas, determinou que a indústria perdeu quase US$ 280 devido a defeitos de qualidade por animal médio comercializado. A maioria das perdas foi devido à gordura, falta de marmorização e outros defeitos, incluindo lesões em locais de injeção. Similarmente, a auditoria de vacas e bois comerciais de 1994 revelou defeitos nas carcaças, muitos deles que poderiam ser evitados usando práticas de manejo do BQA. Com uma melhor supervisão destes animais, a auditoria disse que os produtores poderiam recuperar cerca de US$ 70 por cabeça para cada animal comercializado.

Uma série de programas BQA foi desenvolvida em todo o país através de conselhos estaduais de carne bovina e outras entidades. Sendo assim, boas notícias surgiram quando a auditoria Qualidade Nacional da Carne Bovina de 2005 revelou, entre outros números positivos, que 77% das carcaças processadas não tinham defeitos e que a incidência de lesões em locais de injeção tinha caído dramaticamente. Os animais restantes tinham, entretanto, apresentado defeitos de graus de qualidade, produção e peso; a auditoria recomendou encontrar formas de eliminar estes problemas antes da próxima auditoria, em 2010.