A parte contrária ao uso de biocombustível argumenta por uma flexibilidade na lei (RFS), permitindo menos produção de etanol em anos de oferta escassa, enquanto os que são a favor acreditam que o RFS é uma ferramenta essencial para que o país caminhe rumo a uma energia mais limpa, renovável e doméstica.
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, sigla em inglês) anunciou que manterá o atual Padrão de Combustível Renovável (RFS, sigla em inglês), recusando os pedidos para finalização do mesmo devido ao alto preço do milho. Como o preço do milho aumentou por causa da seca do verão, o setor pecuário e de alimentos demandaram a suspensão temporária do RFS, que exige o uso de biocombustíveis pelas companhias de combustível, sendo que o etanol é produzido a partir do milho. Para 2013, a meta de biocombustíveis expandirá para 13,8 bilhões de galões.
“Reconhecemos que a seca desse ano criou problemas em alguns setores da economia, particularmente para os pecuaristas”, disse a administradora assistente da EPA, Gina McCarthy. “Porém, nossa extensa análise deixou claro que os requerimentos do Congresso para uma dispensa não foram cumpridos e o término do RFS teria pouco ou nenhum impacto”.
A parte contrária ao uso de biocombustível argumenta por uma flexibilidade na lei (RFS), permitindo menos produção de etanol em anos de oferta escassa, enquanto os que são a favor acreditam que o RFS é uma ferramenta essencial para que o país caminhe rumo a uma energia mais limpa, renovável e doméstica. Os dois lados citam pesquisas que apoiam sua posição. Os resultados do estudo feito pelo economista Thomas E.Elam, presidente da FarmEcon LLC, por exemplo, indicam que o RFS causa volatilidade considerável nos preços dos grãos e preços inflacionados dos alimentos no varejo. Outro estudo, do economista Bruce Babcock, da Universidade do Estado de Iowa, indicou que a eliminação do RFS reduziria os preços do milho em menos de 5%.
A União Nacional de Produtores Rurais (NFU) apoia a manutenção do RFS. “O RFS ajudou a reduzir nossa dependência do petróleo estrangeiro de 60% em 2005 para 45% hoje e, atualmente, apoia quase 500.000 empregos americanos e gera US$ 53 bilhões em atividades econômicas por ano. Além disso, a estrutura existente do RFS fornece flexibilidade suficiente de mercado em casos de seca ou outros problemas de mercado”, disse o presidente da NFU, Roger Johnson.
Uma coalizão de produtores de carnes brancas e vermelhas, leite e alimentos animais também pediram pelo fim do programa da quantidade de combustível renovável que precisa ser produzido pelo RFS no restante desse ano e parte de 2013. Essa coalizão ficou desapontada com a decisão da EPA. “Estamos extremamente frustrados e desestimulados porque a EPA decidiu ignorar o claro argumento econômico de milhares de famílias de produtores rurais e pecuaristas para as quais essa política de alimento-para-combustível está afetando”, disse a coalizão.
A reportagem é da Drovers e do AMI, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.