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EUA: Instituto de Carnes contraria novo estudo de Harvard, associando carnes vermelhas a risco cardíaco

O Instituto Americano de Carnes (AMI) não concordou com esse estudo, dizendo que “tenta prever o risco futuro de morte por câncer ou doenças cardiovasculares confiando em auto-relatos notoriamente não confiáveis sobre o que consomem e métodos obtusos de análises estatísticas a esses dados”.

Um novo estudo realizado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, publicado no Archives of Internal Medicine, concluiu que o consumo de carnes vermelhas está associado com um maior risco de doenças cardiovasculares e mortalidade por câncer, com a substituição por fontes mais saudáveis de proteínas associada com um menor risco de mortalidade.

O Instituto Americano de Carnes (AMI) não concordou com esse estudo, dizendo que “tenta prever o risco futuro de morte por câncer ou doenças cardiovasculares confiando em auto-relatos notoriamente não confiáveis sobre o que consomem e métodos obtusos de análises estatísticas a esses dados”.

“A carne vermelha e processada continua sendo parte saudável de uma dieta balanceada e as decisões nutricionais deveriam ser baseadas em todas as evidências, não somente em estudos individuais que incluem evidências fracas e inconsistentes e contrastam com outras pesquisas e com o Guia Dietético para Americanos de 2010”, disse a diretora de Assuntos Científicos do AMI, Betsy Booren.

“Todos esses estudos lutam para separar outros hábitos dietéticos e estilos de vida da carne vermelha e processada e admitem que não podem fazer isso, bem o suficiente para usar suas conclusões, para recomendar de forma precisa que as pessoas mudem seus hábitos alimentares. O que as evidências totais mostraram e o que o senso comum sugere é que uma dieta balanceada e um peso corpóreo saudável são as chaves de uma boa saúde”.

O resumo do estudo afirma: “O consumo de carnes vermelhas foi associado com um maior risco de doenças crônicas. Entretanto, sua relação com a mortalidade parece incerta”.

A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

4 Comments

  1. Clandio Favarini Ruviaro disse:

    É de senso comum o reconhecimento de Harvard como instituição de ensino e pesquisa mas não podemos nos deixar influenciar por um estudo feito nos Estados Unidos, ou seja, com a população americana e a carne bovina produzida num sistema de alimentação à base de grãos.
    Desta forma, aquela carne possui uma composição de gordura diferente da brasileira em função de termos nossos animais terminados (criados e engordados) à campo, baseada numa alimentação de pastos nativos e cultivados, privilegiando a população brasileira com uma carne de composição nutricional benéfica.
    Podemos consumir a carne bovina brasileira sem receio algum desde que façamos a retirada daquela gordura de cobertura presente em alguns cortes disponíveis aos consumidores.
    Por fim, este trabalho dos americanos nada mais é do que uma compilação de dados de vários estudos ao longo de anos e, por isso, deve ser analisado com ressalvas. Não é por ser de Harvard que devemos aceitar como verdade.
    Temos excelentes pesquisas realizadas no Brasil que demonstram o benefício do consumo de carne vermelha de forma moderada.

  2. Marcos Simões disse:

    Vamos ver se a imprensa irá dar destaque a esta notícia.
    A divulgação do estudo contra o consumo da carne bovina, desta semana, me parece mais um estudo de um “doutorando” que apoiando em dados estatísticos, formula suas teses.
    Seria algo parecido como tentar vincular, estatisticamente, o aumento de casos de Alzheimer com a audiência das novelas e do Big Brodher.
    Absurdo? A relação é direta! uma vez que os médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social permite, pelo menos, retardar a manifestação da doença. Entre as atividades recomendadas para estimular a memória, estão: leitura constante, exercícios de aritmética, jogos inteligentes e participação em atividades de grupo. Tudo isso é o oposto do que nossos programas de TV mostram.
    Quem vê novelas se emburrece podendo na terceira idade desenvolver a doença de Alzheimer (minha teoria)
    Marcos Simões

  3. Fernando Garcia de Souza disse:

    Meu avô morreu com 92 anos e o coração perfeito , tendo consumido desde criança carne muito gorda e a comida feita na banha de porco…devemos encontrar sim é quem está pagando muito dinheiro para a mídia soltar matérias totalmente tendenciosas contra o consumo de carne vermelha…aí descobriremos nosso verdadeiro inimigo!

  4. Paulo Trin Junior disse:

    Acho que toda a população mundial deveria se alimentar como seu avô. Quanto mais mais carne rica em gordura – seja de animais cruelmente ou ‘humanamente’ (sic) abatidos em abatedouros clandestinos, ou não – mais perfeitamente funcionará o nosso coração. Isso que a mídia – escrita, rádio e tv – mostra é tudo armação e deve fazer parte de uma terrível conspiração!