A indústria de carne bovina dos EUA está buscando formas de entrar novamente no mercado russo - que está fechado há mais de três anos. Agora, devido às mudanças nas características deste mercado, a USMEF está investigando estas modificações para desenvolver um plano efetivo de reentrada da indústria de carne bovina dos EUA.
A indústria de carne bovina dos EUA está buscando formas de entrar novamente no mercado russo – que está fechado há mais de três anos. Agora, devido às mudanças nas características deste mercado, a Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF) está investigando estas modificações para desenvolver um plano efetivo de reentrada da indústria de carne bovina dos EUA, à medida que mais mercados estão abrindo suas portas ao produto dos EUA.
A União Européia (UE) tinha 33% do mercado de carne bovina da Rússia em 2004, mas a redução nos subsídios no bloco europeu levou à queda na produção de carne bovina. De 1990 a 2004, a produção de carne bovina na UE caiu 18%. Como conseqüência, em julho de 2006, a UE concordou em dar 233 mil toneladas de sua cota de carne bovina para a Rússia a outros países porque não estava sendo capaz de cumprir com toda a cota, de 343 mil toneladas.
A USMEF disse que a situação da carne bovina na UE não parece estar se revertendo, e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) previu outro declínio de 6% na produção de carne bovina da UE de 2005 a 2015.
A América do Sul se tornou um importante fornecedor de carne bovina para a Rússia e com a UE desistindo da maioria de sua cota, estão surgindo oportunidades para os competidores, como os EUA. “A Rússia tem potencial para se tornar um grande mercado para a carne bovina dos EUA”, disse o diretor da USMEF, Ricardo Vernazza-Paganini.
Quando a Rússia fechou seu mercado aos EUA, no final de 2003, era o quinto maior mercado de carne bovina dos EUA. Um acordo comercial bilateral assinado em 19 de novembro do ano passado entre EUA e Rússia dará acesso à carne bovina com e sem osso de animais de 30 meses de idade ou menos e levará a um maior acesso à carne bovina dos EUA no meio de 2007.
Nos últimos quatro meses, a USMEF pesquisou muitas companhias que exportam carne bovina à Rússia para identificar quais informações as ajudariam a desenvolver uma estratégia bem sucedida de reentrada. A USMEF deve coletar informações em janeiro para medir o tamanho do mercado para carne bovina e derivados de alta qualidade em restaurantes e lojas de varejo e para avaliar as atitudes dos consumidores e compradores com relação à carne bovina e outros itens derivados importados.
Para a carne bovina de alta qualidade, a USMEF avaliará o número de restaurantes e lojas de varejo que oferecem carne bovina importada ou premium. Depois, serão avaliados o país de origem e a qualidade dos ítens importados. A qualidade será comparada à carne bovina dos EUA e as preferências com relação à marmorização, cor da carne, maciez e embalagem serão determinadas. Além disso, a USMEF identificará se os restaurantes e varejistas vão trocar para a carne bovina dos EUA e qual o preço premium.
Para os cortes menos tradicionais de carne bovina e miúdos, serão identificados os fornecedores, a qualidade será comparada com o produto dos EUA e serão coletados dados de preços. Os EUA terão oportunidades para fígado e coração bovinos uma vez que esses ítens são competitivos em termos de preços e populares na Rússia.
Uma vez que os dados forem coletados, serão analisados e usados pela USMEF para criar uma estratégia de reentrada. Além disso, serão fornecidos às companhias membros da USMEF para que desenvolvam estratégias individuais.
As informações são do site MeatNews.com.