A coalizão comercial dos Estados Unidos pediu que a China deixe o limite de patógenos para carnes vermelhas e de frango dentro dos padrões internacionais. Boas práticas de higiene e intervenções microbianas podem reduzir sua incidência para níveis extremamente baixos, mas sem usar esterilização, a ausência absoluta de bactérias patogênicas na carne fresca não pode ser garantida.
Uma coalizão de associações comerciais dos Estados Unidos, incluindo o Instituto Americano de Carnes, pediu que o Governo chinês abandone os planos para a política de tolerância zero para patógenos em carne crua e cozida, incluindo carnes vermelhas e de frango. O grupo recomendou que a China imediatamente revogue sua notificação à Organização Mundial de Comércio (OMC) que estabelece novas diretrizes rígidas – alguns dizem inatingíveis – sobre patógenos, como Salmonella, Listeria e Staphulococcus.
A China surgiu como um novo e animador mercado para exportações de carne bovina da Austrália nos últimos seis meses, com as exportações totais em 2012 alcançando 32.906 toneladas. Isso foi 324% a mais que o comércio de 2011 (7.754 toneladas).
Surpreendentemente, a atividade comercial de 2012 posicionou a China como sexto maior mercado de carne bovina da Austrália no ano – maior do que Indonésia e Rússia e não muito longe de Taiwan. Comparado com alguns outros rivais de exportação, a Austrália teve acesso relativamente liberado ao mercado chinês, com 49 processadores de carne bovina e ovina aprovados para exportação.
Se os novos padrões propostos pela China forem formalizados, entretanto, as mostras de carne detectadas com qualquer traço de bactérias poderão levar a uma desaprovação dos processadores no pior cenário.
A coalizão comercial dos Estados Unidos pediu que a China deixe o limite de patógenos para carnes vermelhas e de frango dentro dos padrões internacionais. Para carne crua, a China deveria reconhecer que é irrealizável para qualquer país ter tolerância zero para patógenos e deveria retirar o plano proposto de amostragem desses produtos, disse o grupo.
A coalizão disse que a presença de bactérias como Salmonella e Listeria é inevitável durante a conversão de animais vivos a alimentos para consumo humano. Boas práticas de higiene e intervenções microbianas podem reduzir sua incidência para níveis extremamente baixos, mas sem usar esterilização, a ausência absoluta de bactérias patogênicas na carne fresca não pode ser garantida.
Consequentemente, a China deveria reconhecer isso e revogar a medida proposta de requerimentos com tolerância zero para patógenos em produtos de carne crua – um padrão que o Instituto Americano de Carnes disse que nenhum país do mundo, incluindo a China, pode cumprir.
Ao mesmo tempo, autoridades chinesas aprovaram mais quatro plantas frigoríficas do Canadá, deixando sete plantas aprovadas que agora podem enviar carne ao mercado chinês. Após proibir as importações de carne bovina canadense por preocupações com a encefalopatia espongiforme bovina (EEB) em 2003, a China concordou em 2011 em permitir importações de carne bovina sem osso do Canadá de animais de menos de 30 meses de idade. A carne bovina dos Estados Unidos ainda não tem acesso devido a seu histórico de EEB.
A reportagem é do Beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.