Aqueles que sempre apoiaram as regulamentações exigindo que as carnes e os produtos frescos sejam rotulados pelo país de origem nos Estados Unidos disseram que a lei final do Governo não é suficiente para distinguir a carne doméstica das estrangeiras.
Aqueles que sempre apoiaram as regulamentações exigindo que as carnes e os produtos frescos sejam rotulados pelo país de origem nos Estados Unidos disseram que a lei final do Governo não é suficiente para distinguir a carne doméstica das estrangeiras.
A lei permite que a carne produzida nos EUA em estabelecimentos domésticos que também processam animais importados tenha uma denominação multi-país. Isso prejudica a distinção entre a carne norte-americana e a estrangeira, de acordo com críticos, especialmente os pecuaristas nos Estados do norte que competem com o gado canadense. Eles querem rótulos contendo a afirmação de que a carne é somente dos EUA para estimular as compras.
A rotulagem do país de origem, também chamada de COOL, “é apoiada para deixar que os norte-americanos saibam de onde vêm seus bifes e para ajudar os pecuaristas do país a vender seus produtos”, disse o senador democrata de Montana, Jon Tester.
Os requerimentos de rotulagem entrarão em efeito em 16 de março. Eles foram originalmente aprovados como parte da lei agrícola de 2002 e entrou em vigor inicialmente como uma lei temporária em 30 de setembro. Alguns legisladores e advogados de consumidores também criticaram as provisões da lei que isenta vegetais mistos e muitos alimentos processados.
As companhias de carne se opõem à lei, dizendo que resultará em gastos adicionais de mão-de-obra, rotulagem e mudanças nas plantas necessárias para separar os produtos estrangeiros dos domésticos.
O secretário da Agricultura dos EUA, Ed Schafer, disse que a nova regra deverá resolver muitas das preocupações dos pecuaristas e das companhias, especialmente se focar em sua proposta. “Não é uma questão de segurança alimentar”, disse ele. “Isso não é uma questão competitiva ou comercial. Isso é uma questão de marketing. É a capacidade dos produtores dos EUA de rotular nossa carne bovina”.
O Governo do Canadá, que estava preocupado que a COOL pudesse prejudicar o comércio, disse que a nova regra não deverá prejudicar a integração da indústria pecuária da América do Norte.
O presidente da União Nacional de Produtores Rurais (NFU) – segunda maior entidade de produtores dos EUA -, Tom Buis, disse que está desapontado com a lei final. Ele disse que o grupo não hesitará em ir ao Congresso para pedir mudanças em benefício dos consumidores e pecuaristas.
A COOL também foi incluída na lei agrícola de 2008 aprovada em junho. A lei final será publicada no Registro Federal em 15 de janeiro.
A reportagem é do Bloomberg, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.