A Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina dos Estados Unidos (NCBA) lançou uma campanha publicitária comparando os benefícios nutricionais da carne bovina magra e da carne de frango sem pele. Financiada pelo fundo arrecadado pelos próprios produtores de carne bovina do país, a campanha usa dados do governo para ilustrar como a carne bovina magra se compara favoravelmente à carne de frango sem pele em termos de gordura, e ainda fornece uma grande quantidade de alguns nutrientes essenciais.
A série de quatro anúncios será divulgada em julho e em setembro, distribuída em 23 revistas de interesse dos consumidores. Os anúncios mostrarão fotos de página inteira de carne bovina com manchetes do tipo “A carne bovina magra tem realmente menos gordura do que você pensa. Isso lhe deixa admirado por comer toda aquela carne de frango sem pele, não?” e “A carne bovina magra é quase tão magra quanto a carne de frango. Pode apostar que isso realmente frustra a carne de frango, após tudo o que foi feito sobre o que elas fazem”.
De acordo com Thomas, a comparação nutricional da campanha é baseada em porções de três onças (85 gramas) cozidas de peito de frango sem pele para uma média de porções de três onças de seis cortes amplamente disponíveis de carne bovina magra.
Resposta do Conselho Nacional de Carne de Frango
Em reação à campanha da NCBA, o Conselho Nacional de Carne de Frango dos EUA (National Chicken Council – NCC) divulgou a seguinte mensagem:
As campanhas publicitárias preparadas pela NCBA comparando a quantidade de gordura do peito de frango com certos cortes de carne bovina provam um ponto importante: em termos de ambos, gordura total e gordura saturada, o peito de frango sem pele é superior do que virtualmente qualquer corte de carne bovina. Por exemplo, uma porção de três onças de carne de frango sem osso e sem pele tem aproximadamente 3 gramas de gordura total, enquanto um steak de lombo bovino – mesmo com as gorduras visíveis aparadas – tem aproximadamente 10 gramas de gordura e um filé bovino tem 12.
Os especialistas em nutrição concordam que os consumidores devem olhar a quantidade total de gordura de suas dietas, e não somente a gordura saturada. As determinações guia do governo dos EUA recomendam que “alimentos com alto teor de gordura deveriam ser usados de forma reduzida” e que, entre alimentos do mesmo grupo (como carne vermelha e de aves), os consumidores deveriam escolher “as opções com menor teor de gordura entre estes alimentos”.
O peito de frango também tem 141 calorias em uma porção de três onças, enquanto os cortes listados pela NCBA têm, em média, 174. Cortes mais desejáveis,como o filé, têm cerca de 200 calorias em porções de três onças.
Em termos de nutrição total e do papel da carne vermelha e da carne de aves em uma dieta saudável e nutritiva, a carne de frango ainda é a melhor escolha.
Não é de se estranhar que o consumo de carne de frango (medido em uma base de peso no varejo) ultrapassou o de carne bovina em 1992 e excede o desta carne desde então. Em 2003, os norte-americanos deverão consumir quase 37,195 quilos de carne de frango por pessoa, comparado com aproximadamente 29,484 quilos de carne bovina. Além disso, o consumo per capita de carne bovina está bem abaixo dos níveis históricos – ficou próximo de 36,287 quilos por ano no meio da década de oitenta – enquanto o consumo de carne de frango está crescendo. O consumo per capita de carne bovina está estagnado há vários anos e deverá cair devido aos preços relativamente altos. Estes fatores explicam indubitavelmente o interesse da NCBA em promover publicidade contra a carne de frango.
Fonte: Meatingplace.com (por Joshua Lipsky), adaptado por Equipe BeefPoint