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EUA: Preços da carne bovina poderão cair com volta da carne canadense

Os Estados Unidos liberaram a entrada da carne bovina canadense, uma medida que deverá aumentar o fornecimento nos EUA e baixar os preços da carne bovina no país, os quais chegaram muito próximos do recorde em grande parte do verão.

Entretanto, foi feito um anúncio de que os EUA fecharam um acordo com o Japão, que fará com que as exportações de carne bovina norte-americana ao país asiático possam evitar uma queda significante nos preços americanos.

A secretária de Agricultura dos EUA, Ann Veneman, disse na sexta-feira que os EUA permitirão importações de cerca de 40% da carne bovina canadense que normalmente entrava no país, antes do embargo. A carne permitida, que inclui carne bovina sem osso de bovinos com menos de 30 meses de idade, tem um risco muito baixo de ser infectado com EEB.

A carne bovina canadense e os bovinos do país foram proibidos pelos EUA desde 20 de maio, após o surgimento de um único caso de EEB descoberto lá. Os EUA manterão a barreira aos bovinos vivos, mas considerarão permitir a importação de alguns animais no futuro.

“Isso significa que mais carne bovina estará disponível e que isso provavelmente pressionará estes altos preços da carne”, disse o analista de mercado da carne da U.S.Commodities Inc., Don Roose.

A barreira à carne bovina e aos bovinos foi amplamente responsável pelos fortes ganhos neste verão nos preços dos bovinos e da carne nos EUA. A primeira reação deverá ocorrer no mercado futuro de bovinos na Chicago Mercantile Exchange – segunda maior bolsa de futuros dos EUA -, que Roose espera que caia 0,500 a 0,700 centavos por libra (US$ 1,10 a US$ 1,54 por quilo) na segunda-feira.

“O quadro geral de fornecimento é de baixa, porque isso permitirá um pouco mais de carne bovina”, disse o analista de animais domésticos do Livestock Marketing Information Center (LMIC), Jim Robb.

Os preços da carne bovina nos EUA estão altos agora principalmente devido à barreira canadense, mas também devido à produção no país que está baixa em um período em que a demanda, tanto domesticamente como nos mercados de exportação, permanece forte.

Durante o anúncio na sexta-feira, Veneman disse que um acordo com o Japão – maior mercado de exportação da carne bovina dos EUA – estava em andamento, de forma que estas vendas continuarão ocorrendo depois de primeiro de setembro. O acordo, disse Robb, poderá reduzir o impacto da queda dos preços da carne bovina, gerado pela entrada de carne canadense no país novamente.

O Japão demandou que, após primeiro de setembro, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) certificasse os carregamentos de carne bovina do país como livres de produtos canadenses. O acordo também poderá permitir que a carne bovina dos EUA entre no mercado da Coréia do Sul, outro importante comprador, que também expressou preocupações referentes à presença de produtos canadenses nos envios dos EUA, segundo Robb.

Fonte: Reuters (por Bob Burgdorfer), adaptado por Equipe BeefPoint

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