A produção de etanol está consumindo mais milho do que a produção pecuária dos Estados Unidos e continuará até pelo menos 2014, de acordo com a North American Risk Management Services Inc.
A produção de etanol está consumindo mais milho do que a produção pecuária dos Estados Unidos e continuará até pelo menos 2014, de acordo com a North American Risk Management Services Inc.
O uso de milho para a produção de etanol cresceu rapidamente de 1,3 bilhão de bushels (35,3 milhões de toneladas) em 2005 para um pouco mais de 5 bilhões de bushels (136 milhões de toneladas) no ano passado, devorando 40% da colheita, e o milho usado para a alimentação de bovinos (anteriormente, a maior parte da colheita) caiu para cerca de 4,8 bilhões de bushels (130,6 milhões de toneladas) durante o período – um decréscimo de 22%.
O etanol pode consumir até 5,1 bilhões de bushels (138,8 milhões de toneladas) de milho no ano que começou em 1o de setembro, disse o analista da North American Risk Management, Jerry Gidel, enquanto a demanda para alimentação animal deverá cair para 4,6 bilhões de bushels (125,2 milhões de toneladas), a menor desde 1990, depois de o rebanho bovino dos Estados Unidos em 1o de julho ter caído para seu menor nível para a data desde pelo menos 1973.
“A demanda por milho para a produção de etanol provavelmente excederá o consumo para alimentação animal por pelo menos outros 24 meses”, disse ele.
Reportagem é da Bloomberg (publicada na Drovers), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
2 Comments
Com essa demanda mundial por biocombustíveis e sua expansão, através do forte apelo ambiental, o Brasil precisa fomentar medidas inovadoras como a introdução de alternativas de matéria prima para a produção do álcool. O etanol poderá vir , também, da Terra do Sol, o Nordeste Brasileiro, pelo cultivo e utilização do sorgo sacarino ou do agave azul para produção de álcool para enfrentar a entressafra da cana de açúcar promovendo a segurança do abastecimento , o equilíbrio do mercado interno e o excedente para exportação.
Não chega a ser irônico que o etanol de milho – tão veemente condenado por 31 anos de barreiras – se torne viável no Brasil como única solução de imediato para o momento?
O excedente de milho que não vai ser utilizado nos EUA para fabricação de etanol pressionará certamente o mercado provocando baixa no preço de commodities agrícolas, o que constitui oportunidade para o esvaziamento dos estoques ‘ao tempo’ nos lugares distantes do centro-oeste e estimulo para o milho safrinha que está sendo plantado.
Uma dupla economia no transporte inútil de milho e álcool, por estradas esburacadas do interior brasileiro. E ótima oportunidade para a produção local de combustível e energia térmica distribuída. E é pra já.