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EUA produzem sem hormônio visando mercado europeu

Os pecuaristas e frigoríficos dos Estados Unidos estão aumentando a produção de carne bovina livre de hormônios para vender ao Reino Unido e em outros mercados da Europa. Os produtores de carne bovina dos EUA reconheceram que, mesmo se o Governo do país vencer a disputa contra a barreira imposta pela União Européia (UE) à carne bovina dos EUA de animais tratados com hormônios junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), os consumidores europeus não comerão a carne com hormônios.

Os pecuaristas e frigoríficos dos Estados Unidos estão aumentando a produção de carne bovina livre de hormônios para vender ao Reino Unido e em outros mercados da Europa.

Os produtores de carne bovina dos EUA reconheceram que, mesmo se o Governo do país vencer a disputa contra a barreira imposta pela União Européia (UE) à carne bovina dos EUA de animais tratados com hormônios junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), os consumidores europeus não comerão a carne com hormônios.

Incentivados por um crescente mercado para carne bovina livre de hormônios, os produtores dos EUA estão passando a criar gado sem hormônios de crescimento e estão vendo a Europa como um mercado emergente. Estatísticas confirmam seu otimismo. Na primeira metade deste ano, a UE importou 7.761 toneladas de carne bovina dos EUA, o que denota um aumento de 179% com relação às 2.786 toneladas importadas no mesmo período de 2007. Esses dados são da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF).

“Dentro de três a cinco anos, a Europa será o segundo ou o terceiro mercado de importação de carne do mundo”, disse o vice-presidente da USMEF, Thad Lively.

Embora a competição deva ser intensa no Reino Unido, os produtores dos EUA acreditam que seus animais alimentados com grãos serão mais atraentes para os consumidores do que os produtos derivados de sistemas de produção a pasto de outros países.

Para os pecuaristas e frigoríficos dos EUA, entrar no mercado da UE requer muito mais comprometimento do que simplesmente declarar que a carne é livre de hormônios. A UE requer a verificação terceirizada de todas as declarações, bem como padrões de identificação e rastreabilidade e uma auditoria anual.

O presidente da companhia de verificação terceirizada, IMI Global, Leann Saunders, disse que os padrões da UE são os mais rígidos do mundo, mas que o mercado europeu ainda é atraente para os produtores que já cumprem com os padrões de produção de gado não tratado com hormônios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Parte dessa empolgação vem do fato de os britânicos e, de certa forma, os europeus em geral, comprarem cortes de carne bovina não populares nos EUA, o que significa mais dinheiro sendo obtido por carcaça para produtores e frigoríficos.

A reportagem é do Guardian.co.uk, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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