EUA: receita das exportações cresceu 27% em abril

O valor das exportações de carne bovina dos Estados Unidos (incluído miúdos) foi 27% maior do que no ano anterior no mês de abril e cerca de 10% maior do que em abril de 2003, o último ano de acesso a mercados antes do registro de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no país.

De acordo com estatísticas divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e compiladas pela Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF), as exportações de carne bovina e de miúdos bovinos em abril totalizaram 82.827 toneladas no valor de US$ 311,3 milhões, trazendo o cumulativo total em 2010 para 307.949 toneladas no valor de US$ 1,1 bilhão. Os resultados de abril foram ainda mais impressionantes quando se observa somente os cortes de músculos, cujas vendas foram de US$ 268 milhões, 37% a mais que no ano anterior.

Apesar das condições econômicas permanecerem difíceis para a carne bovina dos Estados Unidos no México, as exportações estão obtendo bons resultados em todos os outros principais mercados globais. Para o ano, o México continuou sendo o principal mercado em termos de volume (77.027 toneladas) e valor (US$ 246,9 milhões), mas esses totais são 25% e 27% menores, respectivamente, do que nos primeiros quatro meses de 2009.

Apesar dos ganhos dramáticos em muitos mercados externos, o Canadá continua sendo o segundo principal destino das exportações de carne bovina e miúdos dos Estados Unidos, com aumento de 13% em volume (45.563 toneladas) e 17% em valor (US$ 199,4 milhões) comparado com o período de janeiro a abril de 2009. De fato, o valor das exportações em abril ao Canadá (US$ 59,9 milhões) foi apenas 4% menor que o do México (US$ 62,2 milhões).

As exportações de carne bovina dos Estados Unidos à Ásia continuaram crescendo em abril. O Japão é o principal mercado asiático em termos de volume (26.740 toneladas) e valor (US$ 141,8 milhões). Cada um desses totais representa um aumento de 34% com relação ao período de janeiro a abril de 2009. No entanto, a Coreia do Sul está logo em seguida do Japão, com um volume de 26.321 toneladas e um valor de US$ 112,3 milhões – aumentos de 39% e 58%, respectivamente, com relação ao ano anterior.

A região da Associação das Nações do Sudeste da Ásia (ASEAN) também apresentou bom desempenho em abril, aumentando seus totais para o ano em 14% em volume (29.589 toneladas) e em 16% em valor (US$ 97,9 milhões). Esse aumento foi obtido apesar dos resultados estáveis no Vietnã, de longe o maior mercado da ASEAN. Os principais direcionadores de crescimento foram Filipinas e Indonésia, segundo e terceiro mercados da região.

As exportações para Taiwan aumentaram em 69% em volume (11.533 toneladas) e em 79% em valor (US$ 60 milhões). Hong Kong também registrou rápido crescimento esse ano, quase triplicando suas importações de carne bovina dos Estados Unidos em termos de volume (9.099 toneladas) e em valor (US$ 35,6 milhões).

As exportações ao Oriente Médio também apresentaram bom desempenho, com aumento de 24% em volume e 45% em valor com relação ao período de janeiro a abril de 2009. Liderada por Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, uma crescente porcentagem de exportações de carne bovina dos Estados Unidos ao Oriente Médio foi de cortes de carne bovina in natura. No entanto, as exportações de miúdos estão mostrando sinais de forte recuperação de preços na região, à medida que aumentaram somente levemente em volume, mas quase 25% em valor até abril.

A Rússia também expandiu suas compras de carne bovina dos Estados Unidos incluindo uma porcentagem maior de cortes de carne bovina in natura e isso foi ilustrado claramente nos resultados de janeiro a abril. As exportações para a Rússia aumentaram em 173% em volume (19.525 toneladas) e em 613% em valor (US$ 47,5 milhões) com relação a 2009.

Em contraste com a baixa no México, as exportações estão apresentando bom desempenho em outros mercados do Hemisfério Ocidental. As exportações de carne bovina e miúdos para a República Dominicana aumentaram em mais de 60% em volume e valor, enquanto para a Jamaica aumentaram mais de 30%. As exportações para América Central/do Sul aumentaram em 47% em volume e em 54% em valor, com as exportações de miúdos ao Peru e à Colômbia sendo responsáveis por grande parte desse crescimento.

Os dados são do site da USMEF (www.usmegf.org), traduzidos e adaptados pela Equipe BeefPoint.