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EUA reconsideram estratégia de vigilância contra EEB

Em uma entrevista ao Associated Press, o veterinário chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), John Clifford, disse que os resultados dos testes de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou doença da ‘vaca louca’, feitos no último animal, que apresentou resultado positivo para a doença foram adiados devido ao fato do animal em questão ter sido mal identificado pela raça, talvez porque partes do seu corpo foram misturadas com as de outros bovinos.

Quando o USDA inicialmente tentou rastrear o animal, o produtor disse que o animal não podia ser dele, porque ele criava uma raça diferente de bovinos. O USDA acredita agora que identificou o rebanho de origem do animal e está usando teste de DNA no rebanho possível para confirmar essa informação.

O secretário da Agricultura dos EUA, Mike Johanns, disse que, devido às falhas nos resultados dos testes feitos no país, o USDA consultará autoridades internacionais e dos EUA para desenvolver um protocolo mais efetivo, provavelmente envolvendo o teste Western Blot, para resolver qualquer situação ambígua. Ele também disse que, devido à descoberta do que presume-se ser um animal nativo, o departamento reconsiderará seu plano para avaliar o esquema de vigilância de testes de animais de alto risco. Várias críticas sugeriram que o USDA comece a testar bovinos mais jovens e assintomáticos, bem como os animais mais velhos e com sintomas da doença, para ter um quadro verdadeiro sobre a prevalência da EEB no rebanho norte-americano.

Johanns disse que o Inspetor Geral, Phyllis Fong, ordenou que os testes fossem refeitos com o Western Blot há três semanas sem seu conhecimento e que ele não sabia dos testes até que estes estivessem sendo feitos. Um dia antes de sair o resultado inicial positivo, em nove de junho, Johanns foi questionado sobre porque o departamento se recusou a usar o Western Blot. O secretário respondeu que, apesar de a política anterior ter classificado o teste de imunohistoquímica (IHC) como “padrão ouro”, no caso de EEB, existem “dois padrões ouro”, mas o USDA decidiu usar o IHC por uma questão de consistência. Em dezembro de 2003, quando o primeiro caso de EEB foi detectado nos EUA, o USDA usou o Western Blot para confirmar isso.

Fonte: MeatingPlace.com (por Pete Hisey), adaptado por Equipe BeefPoint

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