Com a negativa norte-americana sobre informações dos subsídios dados aos produtores de etanol e a rejeição de inclusão da questão dos biocombustíveis na disputa aberta pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo brasileiro pode pedir a criação de um comitê de arbitragem na entidade. A decisão será tomada nas próximas semanas e depende de uma avaliação política.
Com a negativa norte-americana sobre informações dos subsídios dados aos produtores de etanol e a rejeição de inclusão da questão dos biocombustíveis na disputa aberta pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo brasileiro pode pedir a criação de um comitê de arbitragem na entidade. A decisão será tomada nas próximas semanas e depende de uma avaliação política.
Segundo reportagem de Jamil Chade, do jornal O Estado de S.Paulo, em Genebra o Brasil questionou 74 programas de apoio aos produtores americanos a um grupo de advogados e diplomatas dos Estados Unidos. A Casa Branca não respondeu a várias cobranças e não disse quando vai tornar público o valor de novos programas de apoio.
O Brasil argumentou que os americanos superaram o limite permitido de gastos com subsídios de 1999 a 2005, com exceção de 2003. A Casa Branca rebateu dizendo que o Itamaraty incluiu na conta programas que não distorcem os preços internacionais.
Estudos feitos pela Global Subsidies Initiative estimam que há mais de 200 incentivos para a produção de biocombustíveis nos EUA, que distribuem US$ 7 bilhões por ano aos produtores.
A idéia agora é pedir que a OMC aponte três árbitros para julgar o caso. O Canadá já fez esse pedido e o Itamaraty não descarta que os dois casos acabem se unindo em um só ataque contra os EUA.