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EUA: seca e temperaturas recordes aumentam preços da carne

A situação significará novos preços recordes para milho e outros ingredientes para alimentação animal, incluindo feno, e isso irá, por sua vez, significar novos preços recordes para carnes brancas e vermelhas. Isso foi confirmado pelo Dr. Scott Brown, que previu um aumento de 8% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para lácteos, carnes vermelhas e brancas no próximo ano.

Julho foi o mês mais quente nos Estados Unidos para qualquer mês registrado e o período de janeiro a junho desse ano foi o mais quente já registrado, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). A temperatura diária média em julho nos 48 estados inferiores do país foi de 77,6o F (25,33oC), 0,2 graus a mais que no mês de julho mais quente registrado em 1936 durante o Dust Bowl, quando a temperatura diária média foi de 77,4oF (25,22oC), reportou a NOAA nessa semana. Isso foi 3,3oF mais quente do que a média mensal do século XX. A temperatura média de janeiro a julho foi de 56,4oF (13,56oC), 4,3 graus a mais do que a média de longo prazo, disse a NOAA. Os registros da NOAA têm 117 anos, desde 1895.

Entretanto, a média desses 48 estados é diferente dos mais de 90oF (32,22oC) registrados dia a após dia no Cinturão do Milho e em Rocky Mountain West, de acordo com fontes da Feedstuffs. De acordo com essas fontes, as condições estavam ideais para a criação de incêndios, disse a NOAA, com 2 milhões de acres queimados ou pegando fogo em julho, 500.000 a mais que o normal no mês.

As condições também foram ideais para a expansão da pior seca em 60 anos, disse a NOAA, notando que 62,9oF (17,17oC) dos 48 estados apresentaram secas moderadas a extremas no final de julho, um recorde para 13 anos de história do “Monitor de Seca dos Estados Unidos” da NOAA. A seca tem destruído colheitas de milho e soja em 2012, matando campos inteiros, frequentemente em regiões inteiras, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que atualizou recentemente o potencial agrícola.

A situação significará novos preços recordes para milho e outros ingredientes para alimentação animal, incluindo feno, e isso irá, por sua vez, significar novos preços recordes para carnes brancas e vermelhas. Isso foi confirmado pelo Dr. Scott Brown, que previu um aumento de 8% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para lácteos, carnes vermelhas e brancas no próximo ano.

O impacto no bolso dos consumidores não será imediatamente notado, disse ele, explicando que uma liquidação massiva esperada do estoque de cria, especialmente vacas e porcas, à medida que os produtores respondem aos altos custos dos alimentos animais ou à indisponibilidade de forragens, realmente aumentará a oferta de carne nesse outono.

Isso reduzirá os preços das carnes em curto prazo e fornecerá aos consumidores preços de carne que eles não têm visto há muito tempo, disse ele, mas, assim que isso acabar, haverá menos carne nas lojas e os consumidores terão uma inflação que será ainda maior do que os preços recordes da carne bovina e suína que eles já estavam pagando nesse ano.

A chuva virá muito tarde para a maioria dos produtores, mas pode beneficiar as pastagens o suficiente para que os produtores possam pelo menos desacelerar a liquidação do rebanho bovino, disseram fontes.

A reportagem é da Feedstuffs, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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