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EUA: veja vídeo de Temple Grandin sobre boas práticas de abate de bovinos

Agradecemos à doutora Grandin pelos 21 anos de assistência que nos deu para entender melhor os animais e para trabalhar com seus instintos naturais, manter a calma e minimizar o estresse. Esperamos que seja recebido nesse espírito e que os espectadores o recebam como um passo importante que esse vídeo representa: paredes de vidro. E virão mais no futuro.

Janet Riley explica a iniciativa da indústria dos Estados Unidos de esclarecer como é o manejo dos animais dentro de um frigorífico de carne bovina, principalmente na questão de bem-estar animal. O artigo foi publicado no site do Instituto Americano de Carnes. Os consumidores estão demandando cada vez mais transparência, especialmente em relação ao alimento comprado e particularmente à carne vermelha e branca e são consumidas.

Muitas pessoas estão perguntando porque o público simplesmente não pode visitar frigoríficos. Alguns se preocupam achando que o acesso controlado às plantas pode significar que temos algo a esconder. Da mesma forma, os ativistas pelos direitos dos animais afirmam que se as plantas americanas tivesse paredes de vidro, “as pessoas seriam vegetarianas; nós não achamos que esse é o caso”.

O fato é que existem muitas boas razões pelas quais o acesso precisa ser controlado. A segurança alimentar é criticamente importante e os visitantes podem introduzir contaminação. Esse é o motivo pelo qual quem trabalha nas plantas precisar vestir roupas sanitárias e lavar as mãos e as botas quando se movimentam pelas plantas. Considerando as maquinarias e as facas usadass, as operações precisam ser extremamente cuidadosas para proteger os visitantes que poderiam se machucar e proteger seus funcionários das distrações que muita atividade poderiam causar. Ainda, os visitantes podem representar outro problema que poucas pessoas percebem: eles podem deixar os animais agitados e assustados, o que pode levar a problemas de bem-estar.

A indústria de carnes quer satisfazer a curiosidade do público sobre como é o manejo e processo dos animais. Infelizmente, a maioria dos vídeos presentes na  internet detalham problemas que ocorreram e algumas vezes apresentam cenas de plantas sem a explicação adequada, que podem causas preocupações. Na indústria, nós sabemos, entretanto, que qualquer hora que você traga visitantes para as plantas e explique o processo, as respostas tipicamente são: “isso não era o que eu esperava” ou “os animais parecem mais calmos do que eu pensei que estariam” ou “estava limpo”, “pareceu humano”.

Recentemente, decidimos que era hora de filmar o processo e mostrar ao público a verdade mas, ao mesmo tempo, sabemos que as imagens precisariam de um contexto e de uma explicação. Não existe ninguém melhor para explicar o processo do que a especialista em manejo animal, Temple Grandin, Ph. D., professora de ciência animal na Universidade do Estado do Colorado. A visão e o trabalho de Grandin foram assuntos do filme vencedor do Emmy Award chamado Temple Grandin.

Grandin recentemente se reuniu em uma planta grande e típica de carne bovina. Ela acompanhou a visita e usou suas próprias palavras para descrever o processo filmado. Ela nos instruiu sobre as imagens a serem capturadas para ajudar o público a entender melhor o trabalho que fazemos todos os dias.

No vídeo, Grandin fala sobre muitos aspectos de manejo, abate e ela especificamente explica que, depois que os animais são dessensibilizados para que fiquem inconscientes antes do abate, um passo que é exigido pela lei, é normal ver algum movimento descoordenado, especialmente nas patas de tras. Ela disse que isso não significa que o animal está consciente, e muitas pesquisas apoiam essa afirmação.

Um grupo ativista divulgou um vídeo secreto que foi feito em uma planta frigorífica alegando tratamento não humano aos animais. Coincidentemente, o vídeo afirmou que os animais dessensibilizados estavam conscientes, baseados em seus movimentos reflexos – um assunto que Grandin explicou no vídeo. Nós agimos rapidamente para finalizar nosso vídeo para ajudar o público a entender melhor e interpretar as imagens do vídeo secreto.

Apesar do momento do lançamento, nosso vídeo trazendo Grandin não é uma resposta direta ao vídeo secreto divulgado em 21 de agosto. Ao invés disso, é um esforço honesto para explicar fatos relacionados ao manejo e abate de animais. Nossa indústria tem uma responsabilidade única de primeiro cuidar dos animais vivos e, então, abatê-los e transformá-los em alimentos, tudo sob a inspeção do Governo federal.

É um trabalho difícil e importante. Mais de 95% dos americanos consomem carne vermelha e branca. Como frigoríficos, temos a obrigação ética de fazer o melhor trabalho que podemos para honrar o sacrifício desses animais para alimentar as pessoas. E agora, compartilhamos com o público a verdade sobre o que fazemos e a abordagem que temos para garantir que o processo seja o mais humano possível.

Agradecemos à doutora Grandin pelos 21 anos de assistência que nos deu para entender melhor os animais e para trabalhar com seus instintos naturais, manter a calma e minimizar o estresse. Esperamos que seja recebido nesse espírito e que os espectadores o recebam como um passo importante que esse vídeo representa: paredes de vidro. E virão mais no futuro.

Assista o vídeo (em inglês):

Fonte: AMI, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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1 Comment

  1. Jefferson Luiz Marciano do Nascimento disse:

    Ninguém melhor do que a Doutora em Comportamento e Bem-Estar Animal, Temple Grandin para deixar bem claro aos consumidores de carne, que os profissionais envoltos à cadeia produtiva da carne realmente se importam com o sofrimento dos animais. Mas muito ainda pode e deve ser feito, pois a crueldade muitas vezes impulsionada pela cegueira causada pela avidez de se ganhar mais e mais dinheiro, impera no cérebro e por consequência, no comportamento dos seres humanos, o que acaba refletindo na forma como o homem interage com os animais nestes casos!
    Meus sinceros parabéns a todos do AMI e a equipe BeefPoint!!!

    Estudante de Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa
    Aluno do Cambridge E-Learning Institute, Certificado em Bem-Estar Animal