A descoberta da doença da “vaca louca” ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) nos Estados Unidos provocou um prejuízo ao setor de carne bovina entre US$ 3,2 bilhões e US$ 4,7 bilhões no ano passado, segundo um estudo de impacto econômico.
O relatório, encomendado pelo Departamento de Agricultura do Kansas, também concluiu que os testes voluntários para a detecção da doença teriam provocado um ganho econômico ao setor de carne bovina, apesar dos seus custos adicionais.
Segundo o secretário de Agricultura do Kansas, Adrian Polansky, “ante o lento progresso em termos de reabertura comercial com o Japão e Coréia do Sul é bem provável que só tenhamos progressos no final de 2005. Com isso, as perdas poderão aumentar ainda mais”, prevê.
O relatório de 65 páginas inclui despesas com regulamentação, prejuízos e reações dos consumidores após a descoberta, em dezembro de 2003, de um caso da “vaca louca” no estado de Washington. O estudo conclui que os lucros com os mercados estrangeiros teriam pago com sobra os testes da doença.
As pesquisadoras do estado de Kansas estimaram que teria custado US$ 640 milhões o teste com todo o gado abatido nos Estados Unidos no último ano, sem contar o investimento necessário para equipar as processadoras para os testes.
Dias após a descoberta do primeiro caso de EEB nos EUA, 53 países proibiram as importações de carne bovina norte-americana. As exportações americanas do setor em 2003 foram avaliadas em US$ 3,95 bilhões. Esse valor corresponde a 9,6% da produção comercial de carne vermelha do país, segundo o Departamento de Agricultura do Kansas.
Embora o México e o Canadá tenham retomado parcialmente as importações de carne bovina no ano passado, as exportações do produto pelos EUA em 2004 continuam em nível 82% abaixo dos valores registrados em 2003.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint