A produção de carne bovina dos Estados Unidos será mais lenta do que o esperado depois que o país voltar a permitir a entrada de bovinos do Canadá no próximo mês, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os preços dos bovinos deverão permanecer relativamente altos devido à competição entre os frigoríficos dos EUA e do Canadá. Proibidas desde a descoberta de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da ‘vaca louca’, em maio de 2003 em Alberta, as importações de bovinos vivos do Canadá pelos EUA deverão ser retomadas em sete de março.
“Baseado no aumento dos abates de novilhos e novilhas no Canadá, os frigoríficos dos EUA terão que competir mais agressivamente por bovinos prontos para o abate, amortecendo um pouco o esperado declínio nos preços dos novilhos de engorda”, informou o relatório do USDA.
Os preços médios para bovinos prontos para abate deverão ficar em torno de US$ 176 e US$ 187 por 100 quilos, de acordo com o relatório. A média de 2004 foi de US$ 186,84.
A produção comercial de carne bovina deverá ser de 11.657 mil toneladas neste ano, de acordo com o relatório. Esse volume é 181.437 toneladas a menos do que o USDA tinha projetado para 2005. A mudança ocorreu porque o secretário da Agricultura do país, Mike Johanns, decidiu na semana passada não permitir importações de carnes de animais canadenses de mais de 30 meses de idade a partir de sete de março. Desta forma, as importações de carnes e bovinos vivos do Canadá serão restritas a animais de menos de 30 meses de idade.
O USDA também reduziu suas estimativas para importações de bovinos, dizendo que espera que o Canadá envie cerca de 1,3 milhão de cabeças aos EUA, e não 2 milhões, como projetado anteriormente.
Fonte: KansasCity.com (por Libby Quaid), adaptado por Equipe BeefPoint