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EUA: USDA discorda de exigência de certificação da Rússia

O USDA não tem um programa para testar e certificar se as carnes não possuem traços do aditivo, que é amplamente usado para reduzir a gordura. Segundo Vilsack, o secretário Michael Scuse levou uma "mensagem de oposição dos EUA à Rússia durante uma missão comercial nesta semana".

O secretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, por sua sigla em inglês), Tom Vilsack, disse nesta quinta-feira (13) que o governo do país não vai aceitar as exigências da Rússia sobre a certificação de embarques de carne bovina e suína. O governo russo ameaçou a suspender as exportações americanas desses produtos caso não tiverem provas da ausência de resíduos de ractopamina, aditivo usado na ração animal.

O USDA não tem um programa para testar e certificar se as carnes não possuem traços do aditivo, que é amplamente usado para reduzir a gordura. Segundo Vilsack, o secretário Michael Scuse levou uma “mensagem de oposição dos EUA à Rússia durante uma missão comercial nesta semana”. Separadamente, o representante comercial americano para a agricultura, Isi Siddiqui, viajou para Moscou ontem e também deve confrontar a Rússia em relação às restrições, disse uma porta-voz do governo.

No acumulado até setembro, as vendas de carne bovina dos Estados Unidos à Rússia somaram cerca de US$ 242 milhões, alta de 25% ante o mesmo período em 2011, enquanto as de carne suína totalizaram US$ 208 milhões, incremento de 14% na mesma comparação.

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. Andre Dal Maso disse:

    Deveríamos aprender a negociar como os EUA. Ao menos eles negociam nos casos de exigências dos mercados compradores. O Brasil logo proibiu o uso do produto, até criar um programa de segregação de bovinos que tiveram ou não consumo de ractopamina ou até implementar um sistema de exames que determinem a presença do aditivo na carne. Novamente nosso País joga contra os interesses dos produtores e assume pra si um custo dentro da cadeia produtiva.
    Não qualifico ou desqualifico o uso do aditivo, mas sim a postura de nosso País que, tido como o grande celeiro do mundo em produção de soja, milho, carnes (aves, suínos, bovinos), laranja, etanol, ferro, etc, etc, etc, ainda é uma criança quando se trata em negociar seus interesses.