Em 29 de dezembro de 2004, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estabeleceu um critério para regiões geográficas reconhecidas como apresentando risco mínimo de introdução de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) nos EUA. Essa determinação chamada de regulamentação final colocou o Canadá na categoria de risco mínimo e definiu os requerimentos que precisam ser preenchidos para a importação de certos produtos de ruminantes e não ruminantes – incluindo carne bovina do Canadá. A classificação de risco mínimo pode incluir regiões onde a EEB foi diagnosticada, mas onde foram tomadas medidas de mitigação de riscos suficientes para tornar a introdução da doença nos EUA improvável.
A regulamentação final permitiu que o Canadá comece a exportar bovinos vivos de menos de 30 meses de idade aos EUA em sete de março de 2005. O Canadá já pode exportar certos cortes de baixo risco, principalmente carne bovina sem osso, de bovinos de mais de 30 meses de idade aos EUA. Nos últimos dias de 2004 e durante a primeira semana de 2005, o Canadá confirmou mais dois novos casos de EEB, sendo que um deles foi em uma vaca nascida depois da barreira imposta ao uso de certos produtos em rações de ruminantes. A descoberta de dois novos casos de EEB no Canadá levou líderes da indústria dos EUA e outros a questionarem esta reabertura do mercado à carne bovina canadense.
“Nossas investigações que estão sendo feitas sobre as recentes descobertas de EEB no Canadá em animais de mais de 30 meses ainda não estão completas. No entanto, eu acho prudente adiarmos a data efetiva para a permissão de importações de carnes de animais de 30 meses ou mais”, disse o secretário da Agricultura dos EUA, Mike Johanns.
Um porta-voz do USDA disse que esta mudança na regulamentação final somente afeta importação de carne oriunda de bovinos de mais de 30 meses de idade e não a importação de bovinos vivos. “A lei referente à importação de bovinos vivos entrará em efeito em sete de março, como programado”.
“Esta medida também direciona as preocupações sobre a parte da lei de risco mínimo que determinaria a reabertura da fronteira com o Canadá para carne bovina de animais de 30 meses de idade ou mais, enquanto manteria fechada a fronteira para importações de bovinos vivos mais velhos para processamento nos EUA. Alguns sugeriram que esta parte da lei não reflete as evidências de que a carne bovina de animais de 30 meses ou mais processados no Canadá tem o mesmo risco que a carne bovina de animais canadenses de 30 meses ou mais processados nos EUA”, disse Johanns.
“Ao mesmo tempo, eu estou pedindo aos oficiais dos EUA que considerem e desenvolvam um plano para permissão de importações de animais de 30 meses de idade ou mais velhos para abate, bem como carne bovina de animais de mais de 30 meses como próximo passo para a retomada do comércio completo com o Canadá. Como sempre, as decisões serão tomadas baseadas nas últimas informações científicas e com a proteção da saúde pública e animal sendo a maior prioridade”.
“Nós continuamos confiantes de que a combinação dos requerimentos da lei, juntamente com as medidas de saúde animal e pública tomadas pelo Canadá para evitar a disseminação de EEB, juntamente com os extensivos sistemas de regulamentação de saúde animal e segurança alimentar, fornecem a proteção aos consumidores e animais dos EUA. A remoção dos materiais de risco especificado é a barreira mais efetiva para proteger os consumidores, e, desta forma, o restante da lei procederá como anunciado”.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint