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EUA: USDA planeja desenvolver sistema de rastreabilidade

Bovinos, ovinos e outros animais domésticos serão identificados com brincos ao nascimento sob um novo planejamento que tem como objetivo ajudar a conter a crise da vaca louca.

Oficiais do governo dos Estados Unidos e grupos de produtores estão desenvolvendo um projeto de rastreabilidade, mas ainda não decidiram quais marcadores usarão e não estão certos se querem tornar este sistema um requerimento universal, disse o vice-secretário para programas de comercialização da Agricultura do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Chuck Lambert.

Os EUA não têm um sistema para rastrear a maioria dos animais, uma falta que foi ressaltada no mês passado quando os oficiais do país e do Canadá gastaram dias rastreando animais possivelmente ligados ao caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) descoberto recentemente em um rebanho de Alberta.

Democratas do Congresso dos EUA argumentaram que um sistema de rastreabilidade poderia acelerar a investigação. O Canadá informou que a infecção foi um caso isolado.

O sistema de identificação seria designado para melhorar a segurança dos alimentos da fazenda ao processador, disse Lambert. Segundo ele, a indústria agropecuária estava trabalhando em um sistema de rastreabilidade meses antes do caso de EEB ter sido descoberto no Canadá. A Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina (National Cattlemen’s Beef Association – NCBA) – um dos grupos que está desenvolvendo o projeto – citou o medo surgido com o caso de vaca louca no Canadá como um dos vários incentivos ao sistema.

“Agora, com a EEB e com o ressurgimento da tuberculose (bovina), nós precisamos de um sistema como esse”, disse o vice-presidente de assuntos governamentais da NCBA, Chandler Keys.

A infecção de EEB no Canadá parece estar limitada a um único animal, mas os casos de tuberculose bovina estão mais disseminados, podendo ser detectados em rebanhos de Califórnia, Michigan, New Mexico e Texas.

Keys comparou os marcadores para rastreabilidade como os códigos de barra dos supermercados. “Estes identificadores seguirão os animais durante todo seu tempo de vida”.

O oficial do Instituto Nacional para Agropecuária, Neil Hammerschmidt, que está ajudando no desenvolvimento deste projeto, disse que os microchips substituirão os brincos dentro de poucos anos.

“A meta é termos capacidade de rastrear dentro de 48 horas” do surgimento de um caso da doença, disse Hammerschmidt, que também é chefe executivo do Consórcio de Identificação Animal de Wisconsin.

Uma equipe de oficiais da indústria, veterinários do estado e oficiais federais deverão se reunir na próxima semana para discutir o que o novo programa de rastreabilidade incluirá e se o governo irá regulamentá-lo.

Fonte: Associated Press (por Emily Gersema), adaptado por Equipe BeefPoint

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